Em uma conferência recente na cidade do Porto, em Portugal, a Berlin School of Creative Leadership teve o grande prazer e oportunidade de liderar mais de cem executivos seniores em uma jornada de provocação, incerteza e, por fim, compreensão e comprometimento. De certa forma, o evento espelhou as mesmas incertezas enfrentadas no Brasil, diante de tempos desafiadores na economia, aversão a riscos e incertezas políticas.
Para muitos, libertar-se de modos antigos de trabalhar e interagir com clientes é mais difícil do que definir novos modelos e fazer a transição para eles — particularmente se ainda houver demanda para produtos e serviços antigos em meio a um grande público.
O que nós exploramos em conjunto é que os componentes do ecossistema de indústria e inovação já estão bem estabelecidos — alguns servem como um empurrão na direção correta, enquanto outros acabam por inibir quem lida com negócios. O que precisa mudar é a maneira como interagimos com esses componentes e essas motivações.
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A fortuna favorece o corajoso e – no caso dos negócios inovadores – os ágeis. Como um acadêmico na conferência colocou: “Esperança não é uma estratégia!”. Em meio à crise na economia brasileira e a esse mundo de mudanças de paradigma, mora a oportunidade. Desde que líderes de negócios estejam dispostos a explorar a interconectividade de seus ecossistemas e dediquem tempo a descobrir informações sobre novas oportunidades a respeito de modelos de plataformas que gerem lucro.
Isso requer uma abordagem criativa e diligente. Ao longo de nossas sessões, delegados mapearam nossos ecossistemas interligados com granularidade crescente, até que oportunidades começaram a emergir entre empresas, públicos, clientes e consumidores. Para se entender os ecossistemas, “o diabo está nos detalhes”. Foi incrível ver como, mesmo após dois dias, mentalidades começaram a mudar e novas relações colaborativas foram estabelecidas.
Ao fim, uma delegada sênior fez um anúncio no encerramento da sessão. “O poder está em nossas mãos (para fazer as mudanças).” Sua fala foi um tributo adequado à dedicação e à criatividade que transparecem ao longo de uma série de indústrias no Brasil, e que vão levar o País adiante em um futuro de inovação e lucratividade.