A Cielo, companhia de soluções de pagamento, abre amanhã (28) loja física no Shopping Ibirapuera, em São Paulo. Esta é a primeira loja da companhia e é parte da estratégia multicanal da empresa, que atende por site, telefone e força de vendas, como é o caso dos bancos.
O Rio de Janeiro também receberá uma unidade no primeiro trimestre de 2015 em local ainda não revelado. Estas devem ser as primeiras de muitas lojas, segundo Eduardo Chedid, vice-presidente comercial varejo da Cielo. “Não estamos abrindo por abrir e nem pra ter uma loja só”. Para a abertura desta unidade, foram dois anos de planejamento e pesquisa. E a ideia é ter lojas espalhadas pelo País.
No entanto, a companhia não tem metas de aberturas. Segundo Chedid, cada operação é pensada nos detalhes e considera número de clientes ao redor do local e de possíveis clientes.
A abertura de espaço físico também é mais um meio de alcançar os micro, pequenos e médios negócios, que representam cerca de 85% dos cerca dos 1,5 milhão de clientes da credenciadora. Este perfil de negócio representa mais de 90% dos novos clientes.
São feirantes, taxistas, autônomos em geral. “Esse é nosso público-chave”, afirma Chedid. “Queremos estar onde os negócios estão, principalmente o pequeno empresário. E ele vai ao shopping. A ideia é atender a toda gama de clientes”.
A loja comercializará máquinas sem fio e o Cielo Mobile, além de todos os serviços que a companhia oferece em outros canais, como a habilitação para recarga de celular e pagamento em outras moedas. Basta apresentar RG, CPF, comprovante de residência e extrato bancário para sair da loja com a máquina funcionando.
Como não haverá necessidade de apresentar CNPJ, Chedid explica que haverá o controle de praxe na entrada, mas a certificação de que o negócio realmente existe será feita apenas durante a utilização do equipamento. A Cielo acompanha a locomoção do equipamento e padrão de transação de acordo com o negócio.
Também será possível a quem já é cliente Cielo habilitar novos serviços na máquina, adquirir mais máquinas e ter toda a assistência necessária.
A estratégia também é tentativa de quebrar barreiras. Segundo o executivo, muitos negócios não aceitam cartão por inércia. “Ele sabe que pode ter, mas pensa que é complicado ter a máquina”, avalia. “E quando ele vê em uma loja, ele pensa ‘por que não?'”
Na loja, o executivo garante que a comercialização dos equipamentos e serviços será feita de maneira descomplicada, com meta de atendimento de 20 a 30 minutos por pessoa. Normalmente, via outros meios, o empreendedor tem a máquina na mão de acordo com o plano e o local do negócio – o que varia bastante.
Com a loja, a empresa quer investir em relacionamento. “A ideia é de proximidade, de oferecer facilidade para os que já são clientes; aumentar as afiliações; e ficar peto de prospects”, afirma Chedid.
Para tanto na loja haverá uma venda mais consultiva do que outros meios auxiliando o empresário. “Ele tem de sair da loja encantado”, afirma o executivo. Para isso, a equipe de vendas da loja teve treinamento intenso durante dois meses e parte dela é formada por funcionários que já trabalhavam na Cielo, ou seja, conhecem os produtos.
O executivo cita o horário como diferencial da loja: como funciona no horário do shopping, é possível ter uma máquina em mãos em um sábado à noite, por exemplo, diferente do que acontece com outros canais de venda.
Esta não é a primeira experiência da Cielo com atendimento físico. No início do mês, a companhia anunciou o credenciamento de máquinas em quiosques em shoppings de grande circulação. Ao todo são 19 quiosques abertos apenas até o 31 de dezembro.
A diferença deles para as lojas, segundo Chedid, é a venda mais consultiva e a possibilidade de clientes da credenciadora trocar máquinas e adquirir mais serviços. Além disso, a companhia tem dois veículos que circulam em cidades do interior do País para oferecer os serviços e produtos da empresa.
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