A Natura apresentou queda de 38,6% no lucro líquido no terceiro trimestre do ano, segundo resultados apresentados pela companhia. Ao todo, foram R$ 131,8 milhões no período, contra R$ 214,6 milhões do terceiro trimestre do ano passado.
Os resultados mostram que a empresa não tem conseguido reverter as quedas que apresenta trimestre a trimestre. No primeiro semestre do ano, o acumulado foi recuo de 27% no lucro líquido.
No terceiro trimestre, o Ebtida (lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 6,4%.
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A companhia explicou que a retração deve-se ao desempenho da marca no Brasil e que poderia ser maior não fossem os “esforços contínuos para a redução de custos e despesas”. De fato: as despesas gerais e admnistrativas recuaram 13,9% na comparação com o mesmo trimestre de 2014. Nos nove meses do ano, a queda foi de 8,3%.
A empresa também creditou os resultados ruins ao aumento da carga tributária, que passou de 26,8% no terceiro trimestre do ano passado para 30,2% neste ano, sem contar o impacto da desvalorização do real. O aumento da taxa básica de juros também é motivo, diz a empresa.
A prioridade, segundo a Natura, continua sendo a gestão dos investimentos e do capital de giro. No trimestre, o caixa livre da empresa somou R$ 319 milhões, contra R$ 14 milhões do mesmo período de 2014.
Apesar da queda de 9,6% na receita líquida, a Natura fechou o trimestre com 2,6% de consultoras a mais: agora são 1.337. A empresa encerrou o mês de setembro com 54 mil Consultoras Natura Digital.
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As operações internacionais, incluindo Aesop e França, apresentaram um crescimento de 75,8% em sua receita líquida, passando a representar 31,8% das vendas totais da empresa, com expansão de lucratividade.
Na América Latina, a marca fechou o trimestre com 496,7 mil consultoras, 20,3% a mais do que setembro de 2014, crescimento de 73,4% da receita líquida e Ebitda de 11,6%.
A Aesop encerrou o trimestre com 120 lojas em 18 países, com crescimento de 91,3% na receita líquida.
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