O segundo sábado de SXSW começa com um painel descontraído – que inclui um participante que faz desenhos em tempo real. A plateia está animada e o discurso é informal. Esse parece ser o tom do publico gamer – ao meu lado, um menino está jogando enquanto assiste, inclusive.
Quem está desenhando é Chris Prynoski, presidente da Titmouse, uma empresa de animação de desenhos. E ele comenta: “Você deve imaginar que inventar uma história começa com um script, mas você está errado”. Ao contrário: começa com post-its. Neles, estão escritos caminhos a serem seguidos, o planejamento, toda a construção do que será feito – do começo ao fim.
Porém, para que todo o planejamento e a ordem de produção de um jogo dê certo, George Krstic, escritor de jogos da Eletronic Arts, comenta que uma boa equipe é fundamental – ter pessoas boas escrever livros, desenvolver plots e personagens. “É fundamental contar com alguém que vai falar que seu trabalho está ruim quando estiver. E que tenha soluções para isso”, comenta Prynoski.
Mas é justamente no script que entra o storytelling: para a área de videogame, esses dois nomes significam a mesma coisa. E não é fácil escrever, afinal, um texto de um parágrafo, com uma sequência de fatos, ocupa uma cena de menos de um minuto de imagens.
O fato, contudo, é que mesmo sendo uma área em que muitos de nós não atua – embora alguns sonhem com isso –, os games deixam uma lição: uma boa equipe, confiável, e um bom planejamento são aliados em um bom trabalho. E não esqueça de adicionar criatividade.