A Nestlé anunciou nesta terça-feira (2) uma plataforma que vai permitir que os consumidores conheçam o caminho feito pelos alimentos até chegar a suas mesas. A gigante de alimentos vai usar blockchain para permitir que os clientes rastreiem a origem dos produtos.
Na fase de testes do programa, a empresa vai rastrear o leite de produtores da Nova Zelândia que chegam a fábricas e armazéns da Nestlé no Oriente Médio. Num segundo momento, planeja rastrear óleo de palma proveniente das Américas. A ideia é entender como dar escala ao sistema.
A novidade é fruto de uma parceria da empresa de alimentos e bebidas com a OpenSC, empresa fundada pelo WWF-Austrália e pelo Boston Consulting Group Digital Ventures. A OpensSc desenvolveu uma plataforma que dará a qualquer pessoa acesso a dados de sustentabilidade e cadeia de suprimentos que podem ser verificados de forma independente.
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“Queremos que nossos consumidores tomem uma decisão informada sobre sua escolha de produtos, ou seja, escolher produtos produzidos com responsabilidade. A tecnologia Open Blockchain pode nos permitir compartilhar informações confiáveis com os consumidores, um caminho acessível”, afirma Magdi Batato, vice-presidente executivo e head de Operações da Nestlé.
Projeto antigo
Há dois anos, em agosto de 2017, Nestlé, Walmart, Unilever e IBM anunciavam um esforço conjunto para estudar como o blockchain pode ajudar varejistas a melhorar a segurança na cadeia de suprimentos de comida. Em abril deste ano, a Nestlé deu aos consumidores acesso a dados via blockchain pela primeira vez, na França.