Telefone, TV a cabo e telenovelas: dentre as muitas coisas que têm em comum, está a possível obsolescência futura causada pelo avanço da Geração Z.
Especialistas em marketing e varejo preveem que diversos setores sofrerão com a maioridade dessa geração, que é grande conhecedora da tecnologia e letrada em inovações aceleradas.
Agora, jovens de todo o mundo estão se preparando para entrar no mercado de trabalho, e se tornarão parte da economia, causando grandes transformações em setores atuais.
Para se ter ideia, os Z consideram o Facebook ultrapassado. De acordo com a Business Insider, apenas 9% dos adolescentes norte-americanos têm esta rede social como favorita. Já 47% dos adolescentes consideram o Snapchat como a melhor plataforma, seguido do Instagram, com 24% de preferência.
Outra rede social que tem atraído a atenção da Geração Z e é a grande aposta dos próximos anos, é o TikTok, o “Instagram” dos vídeos. Os vídeos, inclusive, são um dos pontos em comum que fazem essas redes tão famosas: os adolescentes estão mais interessados em conteúdos de imagem dinâmica do que em textos e notícias.
Outro ponto relevante é a segurança e privacidade: há uma preocupação maior dessa geração por mídias sociais individuais ou anônimas ao invés daquelas cujo compartilhamento é feito em massa.
TV A CABO
Mais de 60% dos adolescentes dos EUA disseram preferir assistir 10 horas de vídeos no YouTube a 10 horas de televisão
Segundo uma pesquisa da AwesomenessTV
Em outro estudo, oferecido pela Group Solver, 93% dos adolescentes entrevistados afirmaram preferir o streaming à televisão, por poderem ser assistidos a qualquer hora, em qualquer lugar, diferentemente da TV tradicional.
Outro ponto observado foi o fato do conteúdo digital poder ser pausado, avançado ou recapitulado, coisas inexistentes nos moldes tradicionais.
Esta mudança tem levado produtores de conteúdo multimídia a estarem onde os jovens podem ter liberdade e controle sobre o que assistem: no YouTube, Twitch e Netflix.
MÍDIA IMPRESSA
Livros, revistas, jornais e agendas são obsoletos para uma geração que cresceu com ebooks, redes sociais, blogs e portais de notícias. As crises ambientais também desestimularam o interesse da Geração Z pelas mídias impressas, além da superpopulação global exigir espaços mais compactos e com menos recursos físicos para se guardar em casa.
De acordo com a Bloomberg, marcas de revistas em todo o mundo têm aumentado significativamente seu engajamento nas redes sociais de 2016 para cá, com a intenção de se manterem relevantes e adaptarem suas linguagens e recursos aos moldes atuais.
A Statista aponta que a proporção de adultos que leram um ebook nos últimos 12 meses nos Estados Unidos, de 2011 a 2019, cresceu de 17% para 25%, e é esperado que esse número continue crescendo até 2023.
DINHEIRO IMPRESSO
A utilização de cartões de crédito tem aumentado à medida que as gerações Y e Z avançam no mercado de consumo, aponta o relatório da TransUnion.
Diferentemente dos Boomers, que tendem a ter certo receio de cartões e caixas eletrônicos, os adolescentes preferem apostar na segurança e praticidade dos pagamentos por crédito ou débito, que cada dia recebem novos aplicativos facilitadores, como PicPay, Apple Pay e Pagseguro, além das novas implementações de tecnologias NFC.
RALPH LAUREN E MARCAS FORMAIS
Vestes refinadas já estão em declínio desde a última década, com muito menos empresas e situações sociais que exigem roupas formais diariamente como dresscode.
Assim como no filme Looper, em que um homem vindo do futuro ri de outro que estava usando terno e gravata, os membros da Geração Z não veem mais a necessidade do refinamento que foi tão valorizado pelos grupos anteriores.
A Ralph Lauren, que esteve entre as 10 principais marcas masculinas desde 2002, em 2018 já nem aparecia mais no top 10. Em seu lugar, surgiram lojas de streetwear, como a Vans e a Supreme.
CARNE
Uma porcentagem massiva da geração Z tem escolhido ficar sem carne ao menos uma ou duas vezes por semana, de acordo com uma pesquisa da Aramark. 79% dos adolescentes se mostraram ansiosos com os avanços das tecnologias de carne à base de planta, como a Impossible Meat, por exemplo.
Além disso, 60% disseram que pretendem reduzir completamente a ingestão de carne, se tornando veganos ou vegetarianos em algum momento da vida.
Uma pesquisa da própria Impossible Foods indica que Millennials que são pais, tem uma inclinação muito maior a ensinar seus filhos sobre sustentabilidade ambiental, do que pais das gerações mais antigas. Essa ação tem tido um grande reflexo na forma como os adolescentes de hoje se alimentam ou pretendem se alimentar, optando por alternativas éticas e sustentáveis.
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