Quando você vê uma pessoa falando sozinha no carro, já imagina que ela está conversando com alguém no viva-voz do celular. Mas é bem possível que esteja interagindo com um assistente de voz para obter informações ou acionar comandos do veículo.
De acordo com um relatório da Capgemini, 95% dos motoristas estarão usando um assistente de voz nos carros dentro de três anos.
O crescimento acompanha a tendência mundial do uso de assistentes de voz no celular, como a Siri e o Google Assistente, e também dos assistentes de voz para a casa, como o Google Home e Alexa.
“Os assistentes de voz estão se tornando uma parte essencial de como as pessoas experimentam carros e gerenciam suas vidas com segurança enquanto estão em movimento”, afirma Markus Winkler, chefe global de automóveis da Capgemini.
Por enquanto, o maior uso dos assistentes de voz nos carros é feito para realizar tarefas simples, como ligar ou desligar o rádio, mudar a música, fazer ligações ou pedir instruções de caminho para o GPS. No futuro, no entanto, os assistentes de voz nos veículos devem ficar mais complexos e integrados com os assistentes domésticos, como Alexa e Google Home.
“Os consumidores veem seus carros como uma extensão de suas vidas digitais. Os assistentes de carro devem ser considerados como parte de uma nova geração de interfaces digitais aprimoradas e simplificadas. Esses consumidores esperam uma experiência ininterrupta, personalizada e interativa nos carros”, diz o relatório da Capgemini.
A pesquisa entrevistou mais de 7 mil motoristas e 300 executivos da indústria automotiva da França, Alemanha, Índia, Itália, Holanda, Noruega, Suécia, Espanha, Estados Unidos e Inglaterra.
Qualidade e privacidade
Ao contrário dos avanços apresentados nos assistentes de voz para a casa e smartphones, a funcionalidade ainda é cheia de problemas nos carros.
Apenas 28% dos participantes da pesquisa descreveram seus serviços de assistente de voz em veículos como “ótimos” e 59% dos entrevistados afirmaram que a funcionalidade “é satisfatória, mas a experiência precisa ser aprimorada”.
Além de melhorar a experiência nos principais casos de uso, as montadoras devem estar atentas às preocupações sobre privacidade e segurança de dados.
De acordo com o relatório, 50% dos consumidores disseram que não confiam no fornecimento de dados pessoais aos assistentes de voz. Para 48% dos entrevistados, eles são intrusivos demais e coletam muitas informações pessoais.
Cada vez mais, os consumidores buscam uma experiência ininterrupta, personalizada e interativa nos veículos e, enquanto os assistentes de voz do carro estão melhorando, a maioria dos consumidores espera mais. De acordo com a pesquisa, as montadoras devem trabalhar para superar as limitações tecnológicas existentes e atenuar as preocupações com a privacidade.
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