Não duvide do poder de um Solopreneur. Eles já são cerca de 53% dos brasileiros empreendedores, segundo um levantamento feito pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o maior programa de estudo realizado no mundo sobre o tema.
A expressão surgida da união das palavras solo e entrepreneur (em inglês) serve para designar aqueles que tocam um negócio próprio sem ajuda de um sócio ou mesmo de funcionários. Na lista desse tipo de empresa, o Brasil aparece no topo seguido por Madagascar, ilha na África.
Por aqui, duas condições se unem para colocar o país no topo do estudo. A primeira é a questão do desemprego, que empurra muitas pessoas para formas de trabalho que independem de carteira assinada ou vagas regulares em empresas. A segunda tem a ver com o “sonho de ter o próprio negócio” ou de ser “o próprio patrão” – algo mais visto entre empreendedores solo da classe média. Nesse segundo caso, os avanços da tecnologia ajudaram muito, tanto que as terras brasileiras estão entre as que mais assistem ao surgimento de startups de serviço e aplicativos.
Ainda segundo o GEM, o empreendedorismo individual não é tão atraente em certos países europeus. Na Holanda, por exemplo, apenas 23% se dizem Solopreneurs; já na Espanha, no Reino Unido, na Itália, na Alemanha e na Suécia são cerca de 15% os que atuam sozinhos e dizem que pretendem seguir assim.
Uma das maiores questões enfrentadas pelos empreendedores solo é a solidão para decidir os rumos da empresa – após ela estar estabelecida. A falta de conhecimento em outras áreas do business também é um dos fatores que atrapalha a evolução. O burnout é outro risco que acomete quem se responsabiliza por seu sucesso ou fracasso profissional por causa da sobrecarga de responsabilidades. Apesar de não ter chefe, o empreendedor solo pode ser seu próprio maior inimigo e se transformar, muitas vezes, em um workaholic.
Por isso mesmo, é mais importante para este tipo de negócio buscar informações e conhecimento que ajudem a tocar o negócio, além de ajudas confiáveis em áreas especializadas, como financeira, tributária, de marketing, por exemplo.
É preciso saber que a solidão desse tipo de empreendedorismo pode ser compensada pelo fato de não haver divisão de lucros com sócios bem como com uma maior agilidade para crescer. De acordo com especialistas, criatividade e resiliência são fundamentais para essa jornada.
Pequenos benefícios desse caminho podem ajudar, como a liberdade de fazer os próprios horários de trabalho e a chance de criar uma marca do zero que tenha a ver com as suas próprias crenças.
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