Admita: você já parou para considerar que inteligências artificiais possam ter emoções reais. Assim como o robô NAO, do Softbank, explica em seu recital, eles não têm coração, e sim bateria. Apesar disso, alguns deles são capazes, sim, de ler e processar as emoções das pessoas. Mas como assim?
O fenômeno se chama EMPATIA ARTIFICIAL. Está relacionado com a habilidade robótica de entender, simular e reagir às emoções humanas. Também é conhecido como computação afetiva ou inteligência emocional artificial.
Além de possibilitar uma relação mais espontânea entre humanos e máquinas, a empatia artificial tem um grande papel nas indústrias.
Segundo a Adobe, empresas como Amazon e Walmart estão pesquisando maneiras de combinar biossensores com inteligência emocional artificial, para detectar sentimentos que podem influenciar as decisões de compra do consumidor. Enquanto isso, editores como ESPN, The New York Times e USA Today estão desenvolvendo e distribuindo ferramentas de publicidade para combinar anúncios com o humor dos consumidores.
QUAIS SÃO AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DA EMPATIA TECNOLÓGICA?
*Informações MIT — Massachusetts Institute of Technology
Contact center
Um software de análise de voz desenvolvido por ex-alunos do MIT ajuda agentes de contact centers a identificar o humor dos clientes no telefone. Graças a isso, é possível que o atendente ajuste o tom da conversa em tempo real, tornando o processo mais agradável e responsivo. Os alunos desenvolveram o programa através de anos de pesquisa em comportamento humano, identificando padrões de voz.
Publicidade
A empresa de IA de emoção Affectiva, fundada no MIT, criou uma tecnologia capaz de capturar as reações dos consumidores aos assistirem anúncios. Uma vez que o cliente tenha concordado com os termos de uso da Affectiva, ele recebe acesso à tecnologia da empresa, que usa a câmera do telefone ou laptop para essa detecção.
“Nossa tecnologia captura essas reações viscerais e subconscientes, que descobrimos que se correlacionam fortemente com o comportamento real do consumidor, como compartilhar o anúncio ou efetivamente comprar o produto.” Rana el Kalioub, Co-fundadora e CEO da Affectiva
Saúde mental
Também foi desenvolvida pelo MIT uma IA empática para campo de saúde. Ela monitora batimentos cardíacos e checa se o indivíduo está passando por algum estresse, dor ou frustração. Neste caso, o monitor libera um perfume que ajuda o usuário a se adaptar à emoção negativa daquele momento.
Os pesquisadores também criaram um algoritmo usando dados de smartphone, que prevê graus variados de depressão.
Automotivo
A IA automotiva é capaz de monitorar o estado do motorista e dos passageiros, melhorando a segurança e a experiência de todos. Carros empáticos, por exemplo, podem detectar se um motorista está discutindo com alguém, com base na pressão sanguínea elevada. Desta forma, a velocidade do operador é automaticamente ajustada para evitar distrações.
Assistência social
Para ajudar autistas a se comunicar com emoções, pesquisadores do MIT desenvolveram um wearable empático. O objeto é capaz de traduzir sutilezas nas expressões faciais, traduzindo-as aos usuários. Segundo os cientistas, esta mesma tecnologia pode ser empregada em comércios ou hospitais, pois fornecem feedback anônimo do público à gerência.
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