Há quase duas décadas, havia muito menos opções para as empresas que buscavam impactar o consumidor com determinada mensagem publicitária. O entretenimento estava bastante ligado às mídias tradicionais: de manhã, o jornal; no transporte público, a revista; no carro, o rádio; nos momentos de descanso, a TV. E, após se interessar pelo produto, o consumidor precisava ir até a loja para, enfim, realizar a compra.
Os intervalos entre uma e outra etapa de da jornada de consumo eram maiores e, ao mesmo tempo, o consumidor tinha menos oportunidades de pesquisa. Hoje, sabe-se que o processo é diferente: o acesso à busca é constante, a quantidade de informação – e, consequentemente, de publicidade – é muito maior.
Com isso, temos um consumidor que não dedica atenção plena a quase nada. De acordo com uma pesquisa feita em 2018 pelo Ibope Conecta, 95% dos consumidores navegam na internet enquanto assistem à programas de TV. Em 2015, esse número era de 88%. Como era de se esperar, esse uso excessivo dos gadgets móveis também acontece fora de casa. De acordo com o ConsumerLab, da Ericsson, no transporte público 51% dos entrevistados trocam SMS, e-mails ou mensagens por aplicativos, 48% navegam na internet e 39% usam redes sociais.
Essa realidade possibilita a criação de diferentes oportunidades de negócio. Um exemplo disso é o modelo Out of Home (OOH) que, traduzido literalmente, significa “fora de casa”. Na prática, representam os painéis presentes em fachadas prédios, pontos de ônibus e até mesmo dentro do metrô – por meio de túneis de LED, que transmitem 15 segundos de vídeo e geram uma impressão extremamente positiva.
Modo de usar
Leander Menezes, diretor comercial da Adtrack no Brasil, explica que esse meio é visto pelos consumidores com credibilidade, inclusive por ter alta tecnologia embutida. Para as marcas, é uma grande oportunidade, considerando que a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e o Metrô transportam, juntos, 7,8 milhões de pessoas por dia. “Nossos estudos mostram que os consumidores tendem a comprar o que veem nessas mídias, pois consideram que só grandes marcas as usam”, afirma.
Paralelamente, para facilitar a transformação do impacto positivo gerado pela marca em uma compra real, Menezes sugere o da internet. Tal estratégia tende a funcionar, visto que o consumidor tende a estar com o celular em mãos, como mostram os dados. “Quando o anúncio é feito na internet, o objetivo é um só: vender”, diz.
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