Dizer que a saúde é um tema que está em alta atualmente é pouco. É esse o assunto que está ocupando bocas e mentes ao redor do mundo, devido ao surto de COVID-19 que, neste 2020, colocou todos em estado de atenção. O novo coronavírus coloca em evidência, também, a tendência chamada viver melhor, que compõe o projeto “Identidades – Um Novo Olhar Para o Consumidor Sem Rótulos”, o qual celebra os 25 anos da Consumidor Moderno.
Mas, afinal, o que é viver melhor nos dias de hoje? Esse conceito envolve mais do que um ou dois ajustes no dia a dia. Na verdade, vai desde a busca por um corpo mais saudável até a dedicação à saúde mental, ao autoconhecimento. Para que isso seja viável, os consumidores estão buscando as próprias alternativas, inclusive no universo digital.
Porém, em um momento em que a saúde e o bem-estar geral foram colocados em discussão, as empresas também foram convidadas a debater estratégias capazes de tornar o trabalho seguro, saudável e economicamente viável. E esse é um fato sobre o qual o novo coronavírus também ousou colocar uma lupa. Ao mesmo tempo, cidadãos estão em casa, recolhidos, muitas vezes obrigados a olhar para a própria realidade, afinal, as distrações do lado de fora estão proibidas.
Houve companhias que agiram rápido diante da necessidade de adaptação ao cenário pandêmico: algumas, transferiram seus colaboradores para casa; outras, definiram estratégias de redução de riscos dentro do ambiente de trabalho; outras ainda doaram grandes quantias ao combate a COVID-19. Tudo de acordo com propósitos e valores. De repente, o coletivo passou a valer tanto quanto o balanço no fim do ano.
Referência
A Kainos, provedora de tecnologia para atendimento ao cliente, é uma das empresas que elaboraram diferentes iniciativas focadas no bem-estar, na segurança e na saúde dos colaboradores. A empresa conta com mil funcionários e 93% foram transferidos para o regime de home office. O ponto alto dessa ação, contudo, é a velocidade: em três dias, 55% dos funcionários já estavam atendendo em casa, com toda a infraestrutura e segurança necessárias.
“A nosso ver, dentro do propósito de transformar vidas e nos colocar no lugar do colaborador, não poderíamos deixar de zelar pela segurança e saúde dos nossos profissionais em um momento tão incerto e cheio de riscos”, defende William Sousa, presidente da Kainos. “Garantir a segurança física e mental de nossos colaboradores veio em primeiro lugar, de modo que implantamos o trabalho remoto e reafirmamos nosso compromisso em manter todos com seus empregos, produzindo normalmente e tendo condições de enfrentar essa situação tão difícil com o respaldo da companhia”.
Cuidados pessoais
Esse é um exemplo de como a empresa considera essencial a qualidade de vida – mesmo em uma situação atípica como esta. “A ideia de viver melhor está relacionada ao equilíbrio das quatro partes que compõem o ser humano: corpo, mente, emoções e espírito”, acredita Sousa.
Apesar disso, ele destaca que, no mundo e no contexto em que vivemos, o cuidado com esses quatro elementos muitas vezes tem sido deixado de lado. “Não priorizamos muitas vezes os cuidados que deveríamos ter nesse sentido”, afirma. “O problema é que muitas vezes terceirizamos tudo isso a outras pessoas que convivem conosco, bem como às empresas para as quais trabalhamos; é o momento de retomarmos o controle e equilibrar esses quatro pilares”.
Propósito
Para o presidente da Kainos, ter um propósito ajuda muito a encontrar tal equilíbrio. “Não se trata só de obter bons resultados nos indicadores e cumprimento de metas no trabalho ou de ganhar um salário no final do mês; na Kainos, temos o propósito de transformar vidas, o que está conectado com um propósito maior e coletivo”, explica. “Disseminamos esse propósito com nossos colaboradores e clientes e temos práticas que refletem no ‘viver melhor’ – para nós, ser feliz em casa e no trabalho está relacionado a fazer o melhor nesses quatro pilares e, como empresa, buscamos contribuir para que haja esse equilíbrio na vida de quem impactamos direta ou indiretamente”.
A atitude da Kainos está alinhada com a visão de Sousa sobre as prioridades do consumidor em um futuro próximo. “É tendência para 2025 que o ser humano busque cada vez mais estar desconectado e focado nas relações humanas”, acredita. Para ele, nos próximos anos será essencial ativarmos nosso lado emocional, ter mais conexão com natureza, encontrar o lado espiritual, e cuidar melhor de nossa saúde física e mental, consumindo alimentos mais saudáveis, buscando qualidade de vida e fazendo exercícios físicos. Em suma, a tendência é que busquemos viver melhor.