Como os unicórnios de startups foram impactados pela crise do novo coronavírus?
No Webinar Consumidor Moderno ao vivo executivos de dois unicórnios brasileiros ― a Gympass e o iFood ― debateram se os modelos de negócio diferenciados das startups estão representando uma vantagem competitiva nesse momento.
Juliano Ballarotti, vice-presidente de engagement da Gympass, Arnaldo Bertolaccini, diretor de customer experience do iFood, Jacques Meir, diretor-executivo de conhecimento do Grupo Padrão e Éric Visintainer, editor da plataforma Whow! fizeram uma análise do assunto e navegaram por estes e outros tópicos, como perspectivas de investimentos, relacionamento com consumidores e mais.
Unicórnios e nova economia: tudo a ver
Além das startups oferecerem serviços e soluções úteis para a sociedade e empresas durante a pandemia, são um exemplo de negócio que teve alta resiliência em meio às instabilidades da pandemia.
Juliano Ballarotti explica que a Gympass precisou pivotar seu modelo de negócio. A Startup, que funciona exclusivamente como um benefício corporativo, oferecia apenas passes para academias de ginástica pelo Brasil. Com o fechamento obrigatório desses serviços, o ecossistema da empresa, antes equilibrado, precisou passar por uma rápida ampliação desse escopo para se manter, se tornando, também, um “one-stop-shop” de cuidado com a saúde física e mental para seus usuários.
Esse acréscimo foi possível graças ao organograma horizontal, à digitalização e às metodologias ágeis aplicadas ao empreendedorismo da nova economia.
Desta forma, a Gympass começou a oferecer aplicativos de wellness, mindfulness, personal trainers digitais e aulas online para seus clientes. “Com a metodologia ágil e sprints foi possível oferecer novos serviços rapidamente e adicionar atualizações com base no feedback dos clientes”, explica Ballarotti.
Semelhantemente, o iFood se diferenciou ao adicionar novos tipos de entrega que foram além das refeições, expandindo a possibilidade de mercado. Para Arnaldo Bertolaccini, as startups já estão conectadas desde o nascimento com ferramentas digitai,s e acreditam intrinsecamente no digital, o que funcionou como uma alavanca na migração rápida que precisou ser feita no início do isolamento social.
Como manter engajamento e motivação do público
De que forma os unicórnios conseguem manter o engajamento e a motivação dos colaboradores em alta mesmo em um período de grande insegurança?
Com muitos restaurantes fechados no início da crise, o iFood focou em novas parcerias para que seu modelo de negócio não fosse prejudicado. Uma das soluções encontradas pelo unicórnio foi investir na educação dos restaurantes parceiros que não estavam prontos para o digital. Assim, o engajamento foi mantido por meio da informação, com apoio e disponibilidade de ferramentas e sistemas para que os parceiros pudessem se manter ativos e ainda reabrir com mais segurança.
Para a Gympass, o segredo foi estarem abertos às sugestões dos clientes. Ballarotti diz que as soluções de wellness, por exemplo, foram sugestões próprias do público. E além de criarem apps com serviços que vão além da atividade física, se aproximaram das academias e estúdios para ajudá-los transformação digital, investindo em plataforma para alguns parceiros que não sabiam e não tinham como dar aula online.
“A tendência para o futuro é que esses produtos continuem como ferramentas complementares quando a sociedade voltar ao normal. A oferta digital não deixa de existir após a pandemia. O usuário irá montar o programa que faz mais sentido dele, caso prefira uma abordagem híbrida de atividade física, terapia e etc.”
Juliano Ballarotti, vice-presidente de engagement da Gympass
Para o conteúdo na íntegra, assista à gravação da Live no canal Consumidor Moderno no YouTube:
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