A possibilidade de realizar pagamentos e de transferir dinheiro através do WhatsApp, lançado em 15 de junho e considerado pelo Facebook, dono dos serviços do aplicativo, como um “divisor de águas”, segue sem definição. A modalidade completou dois meses de suspensão pelo Banco Central (BC). Segundo a autoridade, é necessário analisar cuidadosamente as questões de competição e de privacidade de dados dos usuários.
O maior avanço, até o momento, foi a liberação para que o serviço seja testado, desde que as transações não sejam feitas por clientes reais. A autoridade monetária, porém, reforçou que essa permissão não faz parte do processo formal de análise, tampouco sinaliza alguma decisão positiva sobre o assunto.
O Banco Central tem conversado com as bandeiras Visa e Mastercard, que solicitaram à autoridade monetária para atuar diretamente no app. Ambas conseguiram autorização para atuar no mercado brasileiro, mas tiveram de solicitar aval específico para o arranjo do aplicativo. Já os demais parceiros locais do Facebook, como o Banco do Brasil, Nubank, Sicredi e Cielo, seguem em processo de espera.
Concorrência desleal?
A solução do Whatsapp tem sido centro das atenções do mercado de meios de pagamentos. A plataforma desagradou alguns gigantes do mercado e também empresas de menor porte. Uma das alegações é a de que, por terem acesso aos dados dos clientes, as “big techs” poderia sair em vantagem em relação à concorrência.
Com 120 milhões de usuários do aplicativo de mensagens, ou quase 60% da população brasileira, o País foi escolhido pelo Facebook para a estreia do app no setor de meios de pagamentos. O WhatsApp tem mantido conversas com o BC para restaurar o recurso de pagamentos o mais rápido possível e citou a pandemia como argumento a mais para a liberação.
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