Após a sua palestra como keynote no CONAREC 2020, a futurista norte-americana, estrategista corporativa e CEO da Play Big Inc., Nancy Giordano realizou um bate-papo com Jacques Meir, diretor-executivo de Conhecimento do Grupo Padrão e também respondeu a perguntas dos participantes do evento.
A futurista iniciou a conversa explicando a diferença entre leadering e leadership e diz que a companhias tradicionais foram criadas intencional para seguirem processos e não mudarem, desenvolvendo ciclos longos de pesquisa e crescimento “Isso funcionou até a era da inovação e das novas tecnologias chegar e isso transformou os modelos de negócio”, comentou Nancy no início do Q&A.
Ela completou ao dizer que precisamos ser mais dinâmicos, com o posicionamento do ser humano no centro das decisões e não o lucro, para que assim aconteça um crescimento sustentável.
Em seguida Meir a questionou sobre a extensão conceito do termo “sustainable value”. Na visão da futurista, ao olhar para o futuro há uma maior complexidade que apenas a métrica do PIB não conseguirá abordar todas as características necessárias. Nancy comentou que mesmo com um PIB elevado, as pessoas de um país podem ter baixa qualidade emocional e saúde física, por exemplo. “Sustainable value significa construir uma economia e sociedade saudáveis, tendo em vista o aspecto humano”, explicou.
Comportamentos nas empresas do futuro
E quais são as habilidades para as emrpesas desenvolverem o sustainable value? Este foi um dos principais temas abordados pelo diretor-executivo de Conhecimento do Grupo Padrão.
Para Nancy liderar é em parte repensar os valores das atitudes intangíveis. Ela explicou que, durante a Economia Industrial conexões não eram vistas como valiosas
“No futuro será vital ser extremamente curioso e conectado com outras pessoas, porque estas serão as formas que produzem os resultados que queremos”, comentou a estrategista corporativa.
Empatia, compaixão e confiança com os clientes
Ainda no assunto sobre habilidades pessoais e corporativas para a atuação no futuro, Nancy descreveu a necessidade de mudarmos do ideal de mapa para um compasso, quando o assunto é se manter curioso e buscar novos conhecimentos. “Desta forma vamos compreender no que prestar atenção ou não. Precisamos ser melhorares no que devemos absorver”, comentou.
Ela também deixou a dica para se criar um rede de conhecimento, para que desta forma nós não precisemos ter todo o conhecimento, no entanto isso chega através deste ecossistema no qual encoraja-se a contribuição e troca de saberes.
Ao final, Meir questionou o que as empresas precisam aprender com a pandemia para se reconectarem com os consumidores.E segundo a futurista, reconhecida como uma das mais importantes no mundo, as companhias devem começar pela empatia e compaixão para, no segundo nível, construir uma confiança.
“As pessoas olham ao redor do mundo em quem elas podem confiar e quem está cuidando delas. A confiança é algo em que se deve colocar esforço. Agora é o momento para ter empatia e, no futuro, cuidar dos dados das pessoas será essencial. E uma narrativa positiva é algo que as companhias precisam ter”, concluiu Nancy no painel aberta de perguntas e respostas com a audiência do CONAREC 2020.
Acompanhe a todas as publicações sobre o Conarec 2020 neste link. E acesse a página do evento.
+ Notícias
Conheça as empresas vencedoras do Prêmio CONAREC 2020
A evolução dos bots: eles estão até dando entrevista
O anormal e o antinormal: as consequências e os legados da pandemia