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Novos modelos de medicina e a democratização do acesso à saúde

Novos modelos de medicina e a democratização do acesso à saúde

Painel do Conarec 2020 trouxe rica discussão sobre os novos modelos de medicina e os impactos positivos que trazem ao setor da saúde

Há tempos o Brasil passa pelo desafio de tornar mais acessível o acesso à saúde de qualidade. A tarefa, aliás, não diz respeito apenas à necessidade de incluir uma parcela cada vez maior da população aos consultórios, hospitais e laboratórios de medicina diagnóstica: renovar o setor também demanda uma maior facilidade na obtenção de medicamentos, compromisso com a sustentabilidade e implementação de processos tecnológicos que contribuam para o avanço da medicina como um todo.

No painel Conheça o Self Health: novos modelos de medicina para os nativos digitais, do CONAREC 2020, iniciativa do Grupo Padrão, Nicolas Toth, CEO da Sharecare Brasil , empresa líder mundial na combinação de saúde digital com gestão de saúde integrada; Rodrigo Miranda, CEO da Pegmed, startup de plataforma de medicamentos e materiais hospitalares; e Vinicius Valukas Gusmão, CEO e Cofundador da Medroom, startup brasileira que usa a realidade virtual para o auxílio no ensino de medicina, conversaram sobre os novos modelos de medicina e a democratização do acesso a uma saúde de qualidade; confira:

Iniciativas pioneiras

A Pegmed nasceu de forma natural. O CEO da startup conta que a ideia surgiu da necessidade de um dos sócios de obter um medicamento em um momento que todas as drogarias estavam fechadas. “Meu sócio falou: imagina um Uber de medicamentos. A partir disso, começamos a pensar na plataforma. Há um desperdício muito grande de medicamentos, pois a validade expira de três meses a um ano, e as drogarias não conseguem comercializar todos esses fármacos com o prazo de validade tão curto. O que tentamos fazer é evitar o desperdício de remédios ainda dentro da validade e ajudar quem não tem acesso fácil a eles. Nossa ideia no início era o consumidor final; hoje, através do SUS e da Cruz Vermelha, conseguimos dar acesso a pessoas que antes não tinham”, explica Rodrigo Miranda.

Segundo Miranda, o convênio com a Cruz Vermelha e com instituições por todo o Brasil possibilitam que a plataforma tenha capilaridade em todo o território nacional. A monetização fica por parte das farmacêuticas, explica: “Nós doamos para os governos e eles distribuem para as Unidades de Pronto Atendimento e demais serviços de saúde pública.”

Já a Medroom, é uma premiada startup brasileira focada no desenvolvimento de aplicações para treinamento em saúde com realidade virtual. “Brincar com a fisiologia do aluno tem um potencial muito grande em aumentar a retenção do conhecimento. Começamos com um laboratório de anatomia e realidade virtual, depois fomos para a parte de raciocínio clínico, nos baseando em 3 pilares: conectar autonomia, fisiologia e a aplicação no dia a dia em experiências imersivas”, esclarece Vinicius Valukas Gusmão, CEO e Cofundador da startup.

Segundo Gusmão, a plataforma impacta positivamente as instituições de ensino, os docentes, os alunos e, por consequência, todo o sistema da saúde.

“Vendendo para faculdades, estamos impactando o financeiro, o marketing, a retenção, enfim, toda a parte operacional, pois proporcionamos aumento de procura e engajamento. Quanto aos professores, ajudamos a produzir conteúdo, comunicar e ter mais clareza. Na ponta da cadeia estão os alunos, o grupo que vão tirar o máximo de proveito das simulações e das experiências que nós construímos. Todo esse impacto direto vai ser refletido no paciente e no sistema de saúde. Conforme passamos segurança para o médico, passamos também pro paciente, e isso pode salvar uma vida. Quando ajudamos a diminuir o tempo de internação, aumentamos a quantidade de leitos. Então é uma série de benefícios que não necessariamente serão diretos, mas melhoram o processo da base e geram impacto lá na frente.”

Pandemia e tendências para o futuro

O CEO da Pegmed traz um dado preocupante: apenas 10% da população mundial descarta corretamente os medicamentos. A situação, porém, deve melhorar, já que, a partir do ano que vem, entra em vigor a Lei nº 12.305, que determina um conjunto de ações e procedimentos para “viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.”

Ainda de acordo com Rodrigo Miranda, a pandemia trouxe alguns legados que, a duros custos, serão positivos. “A pandemia adiantou algumas coisas cujo processo demorariam um tempo um pouco maior devido ao conservadorismo dos componentes do setor da saúde. O maior exemplo é a telemedicina, que, pelo menos para acompanhamento de pacientes, veio para ficar mesmo após a crise. Além disso, estamos vendo um olhar maior para a sustentabilidade e inovações que têm emergido nos últimos anos. Queremos dar nossa contribuição para essa renovação e consequentemente ajudar na democratização do sistema.”

Já o CEO da Medroom, comemora o surgimento de disciplinas de inovação dentro dos cursos de medicina nos últimos tempos. Segundo ele, os cursos não formavam, até então, pessoas capazes de navegar em outras áreas que não a medicina.

“Mudar essa cultura na base é uma das coisas mais importantes que precisamos fazer. Mas é importante também ter medidas reparadoras para os mais conservadores, o que já estão trabalhando, o que demanda um trabalho grande de mudança de cultura. Estamos vendo uma maior movimentação dentro das estruturas, uma caminhada para uma linha mais tecnológica e sustentável. Simulações vão aumentar e os processos serão cada vez mais automatizados. Todo esse contexto que vem se desenhando contribui para uma atualização benéfica para o sistema.”


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