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Lojas autônomas: como elas podem se fixar no Brasil

Lojas autônomas: como elas podem se fixar no Brasil

Impulsionadas pela pandemia, as lojas autônomas são tendência de consumo sem interação humana

Enquanto varejistas de todo o Brasil enfrenta um cenário nada fácil para manterem lojas físicas abertas, e ao mesmo tempo lucrativas, outras oportunidades têm surgido com o apoio da digitalização. Uma delas são as lojas autônomas.

O modelo de negócio é inovador e, fora do Brasil, o exemplo mais notável é a loja autônoma da Amazon, nos Estados Unidos. Sem funcionários, ela fica disponível 24h. O cliente entra, pega os produtos e é cobrado de forma automática ao sair da loja.

Por aqui, já existem algumas iniciativas, como a Zaitt, com lojas em São Paulo, São José do Rio Preto, no interior paulista e em Vitória, no Espírito Santo. A smartstore, ou loja inteligente, contém um mix de produtos, que inclui bebidas, alimentos, doces, snacks, lanches rápidos, entre outros, que podem ser comprados sem que haja interação com outras pessoas.

Modelos de lojas autônomas no Brasil

A pandemia tem alterado significativamente o modo de compra dos consumidores. De fato, o e-commerce brasileiro cresceu 73,88% em 2020, segundo o índice MCC-ENET. Com essa digitalização, a tendência das lojas autônomas vem ganhando força. Afinal, apesar da facilidade de comprar em apenas alguns cliques pela internet, ainda existe a necessidade do “touch and feel” em muitos casos.

Por isso, o modelo de lojas autônomas, ou seja, sem a interação com funcionários, têm ganhado terreno, principalmente após o início da pandemia.

Uma das pioneiras no País a adotar esse modelo de negócio foram as Lojas Americanas. Com início das operações ainda em 2019, a empresa abriu o ponto de venda sem caixas para pagamentos. Lançada em modelo de protótipo, a loja recebeu o nome de Ame Go e fica no prédio na B2W, empresa controlada pela rede varejista.

Para entrar na Zaitt, basta escanear um QR Code. Foto: Douglas Lucena.

A Zaitt é outra companhia a adotar esse sistema de autosserviço em suas lojas. Para poder comprar no minimercado, é preciso baixar o app no celular e se cadastrar.

No app, o cliente tem acesso a um leitor de QR Code, que abre a porta do estabelecimento. Outra forma de entrar na loja é através do reconhecimento facial, caso o cliente tenha a foto de seu rosto cadastrada. Neste caso, basta que ele coloque o seu rosto na frente do painel de entrada, ao qual o sistema fará uma comparação de imagens, e, sendo compatíveis, abrirá a porta.

Depois, ao entrar na loja, basta escanear os produtos que desejar, colocar no carrinho virtual e confirmar a compra pelo próprio app, que enviará a fatura para o cartão de crédito cadastrado, ou fará o débito sobre o saldo da carteira virtual.

O procedimento para saída da loja é o mesmo que o feito para entrada. As lojas da Zaitt funcionam todos os dias da semana, por 24h.

Tecnologia aliada da segurança

Ao desenvolver uma loja sem a presença de pessoas para controlar a entrada e saída, assim como o pagamento dos produtos, a primeira dúvida que surge é em relação à segurança. Como ter certeza de que as pessoas estão pagando o valor correto por aquilo que estão adquirindo? A resposta está nos investimentos em tecnologia.

Utilizando inteligência artificial, esse tipo de loja conta com geladeiras e expositores com sensores que registram a retirada de produtos e também captam quando algo é devolvido pelo cliente.

Toda a jornada do cliente dentro da Zaitt é envolvida por tecnologia. Foto: Douglas Lucena

Câmeras tridimensionais rastreiam e monitoram os movimentos, coletando dados e permitindo, por exemplo, analisar quanto tempo cada cliente fica na frente de cada produto, seu comportamento e tomada de decisão.

Por isso, apesar de ser uma tendência para grandes companhias, o cenário de varejo mais amplo pode encontrar obstáculos para adoção de uma loja sem funcionários.

Questões como investimentos para modernizar as lojas com sensores e sistemas extensos de câmeras, assim como tecnologia para inventariar toda a mercadoria a ser gerenciada por meio desse sistema pode ser o maior impeditivo para empresas menores.

O nicho de condomínios

Outro modelo de loja autônoma que vem se destacando no Brasil são as lojas em condomínios, sejam residenciais ou empresariais.

A Onii, outra empresa que iniciou seus investimentos em mercados autônomos em 2019, já conta com 93 lojas em mais de 11 estados brasileiros. Firmando parceria com construtoras como MRV, Bild e Cyrella, a empresa planeja abrir 500 novas lojas autônomas ainda em 2021.

As lojas funcionam em empresas e condomínios, seguindo a tendência do hiperlocalismo. A ideia é que os clientes possam fazer as compras de forma autônoma, usando somente um aplicativo, e a viabilização das lojas é pelo modelo de franquia.

O modelo de negócio adotado nos condomínios é o de micro market, ou seja, lojas de conveniência autônoma com uma ampla variedade de produtos, para que os clientes possam adquiri-los de forma prática e rápida, em qualquer momento das 24 horas do dia.

Segundo a Onii, implantar tal novidade em condomínios traz benefícios como:

  • Segurança para os condôminos, tendo em vista que praticamente não precisarão sair de casa para comprar o que necessitam;
  • Possibilidade de personalização das lojas, pois o condomínio pode fazer uma pesquisa com os moradores e descobrir quais itens são mais necessários, adequando a loja ao perfil dos moradores;
  • Valorização do condomínio, já que as lojas são vistas pelos moradores como um atrativo a mais para o local.

 

O consumidor brasileiro está preparado para um modelo tão digital?

Apesar do grande abismo social que o Brasil ainda sustenta, cavado ainda mais agora pelo impacto no mercado pela Covid-19, o país tem evoluído no quesito acesso à internet e celulares, por exemplo.

De acordo com os últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação (PNAD Contínua TIC), entre 2017 e 2018, o percentual de pessoas de 10 anos ou mais que acessaram a internet pelo celular passou de 97% para 98,1%. O aparelho é usado tanto na área rural, por 97,9% daqueles que acessam a internet, quanto nas cidades, por 98,1%.

E, considerando que a principal tecnologia adotada para que o consumidor possa utilizar dos serviços de uma loja autônoma seja o celular, a tendência é que o brasileiro possa se adaptar a esse novo modelo de loja no decorrer do tempo, tornando a prática de consumo cada vez mais em uma experiência phygital. 


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