Vários motivos levaram ao crescimento do e-commerce na pandemia, sobretudo no ano passado. Para 2021, a tendência é que essa evolução continue, em especial com a intensa digitalização das empresas. No entanto, é preciso analisar se esse crescimento do e-commerce foi de fato relevante para os diversos setores da economia, o quanto participou do faturamento das empresas — e o último índice macroeconômico da Mastercard, SpedingPulse, o comércio eletrônico representou 11% das vendas do varejo.
Antes da crise, as a participação nas vendas do varejo brasileiro era de 6%. A pesquisa também destaca que 1,3% dessa mudança será permanente depois da pandemia.
“Enquanto os consumidores tiveram a necessidade de ficar em casa, seu dinheiro pôde continuar movimentando a economia local e global, graças ao e-commerce.”, afirma o Gerente Geral da Mastercard Brasil, Estanislau Bassols.
Novas tendências globais para o e-commerce
A mudança para o digital durante a pandemia atingiu muitos países, até nos que o e-commerce já era mais bem desenvolvido — como a China e os Estados Unidos. O relatório Recovery Insights, também da Mastercard, destaca que cerca de 20-30% da mudança global para o digital impulsionada pela Covid-19 será permanente.
O estudo também destacou uma série de tendências a nível global, ainda que essa transformação digital não tenha atingido todos os países. Uma delas foi a percepção de que os países que já tinham o comércio eletrônico desenvolvido antes da pandemia obtiveram um ganho ainda maior durante essa mudança doméstica para o digital. Por já terem o e-commerce mais enraizado, a expectativa é que seu crescimento e permanência também sejam mais garantidos depois do período pandêmico.
Outra tendência é que para supermercados e lojas com descontos, os ganhos digitais poderão ser permanentes. Segundo o relatório, se antes da crise os setores de varejo essencial tinham uma participação digital pequena, agora registraram alguns dos maiores ganhos, conforme os consumidores foram se adaptando. Para se ter ideia, o relatório prevê que até 80% desse aumento no comércio eletrônico no varejo essencial seja permanente.
Para além dos supermercados, cresceu também o e-commerce de produtos internacionais (30%), algo que foi possível de mensurar no Brasil: o varejo chinês teve impacto por aqui.
Por fim, o relatório também destacou que os consumidores passaram a consumir 30% a mais de varejistas online. Só para a Itália e Arábia Saudita, a média de compras é 33% maior em lojas online, seguidos de perto pela Rússia e Reino Unido.
+ Notícias
A ascensão do D2C: Flora lança e-commerce e se aproxima do consumidor final