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7 carreiras impulsionadas pela corrida do uso correto de dados

7 carreiras impulsionadas pela corrida do uso correto de dados

Profissionais capazes de extrair, reunir, armazenar, tratar, interpretar e garantir a segurança de dados ganham espaço no mercado de trabalho e figuram na lista de empregos do futuro

Cientista de dados, especialista em inteligência artificial, desenvolvedor de big data, analista de Business Intelligence, técnico em segurança da informação, ou Data Protection Officer (DPO). Quem está de olho no mercado de trabalho, seja em busca de novas oportunidades de atuação ou mesmo de atualização e capacitação, certamente já deve ter se deparado com vagas em aberto nessas áreas: são carreiras impulsionadas pela corrida do uso correto de dados.

A procura por profissionais que saibam extrair, organizar, armazenar e analisar dados, transformando-os em informações, tem justificativa: os dados são, para as empresas, o novo petróleo – tão rico, valoroso e importante quanto o óleo que sai do solo.

Não à toa, nos últimos anos, por conta da automação de processos, as empresas acentuaram a demanda por este tipo de serviço e, atualmente, oferecem oportunidades que exigem desde conhecimentos mais básicos e generalistas até habilidades mais específicas e que requerem grande capacitação na área. Profissionais que souberem aproveitar o momento para repensar e redirecionar sua carreira têm mais chances de sucesso no futuro.

Dados são o novo petróleo

“Os dados são o novo petróleo.” A frase, dita pela primeira vez pelo matemático londrino especializado em ciência de dados, Clive Humby, é perfeita para descrever a importância que os dados têm para as organizações contemporâneas: eles possibilitam a tomada de decisões mais assertivas, fomentam a inovação, fornecem insights para a criação de novos produtos e serviços, representam economia, e muito mais.

Porém, assim como o petróleo precisa ser refinado para se tornar comercial, os dados precisam ser selecionados, tratados e interpretados para terem real valor.


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“O dado por si só nem sempre traz uma informação. A informação é quando se reúnem dados com um propósito. Ter acesso a grande quantidade de dados não significa ter o suficiente para tomar as melhores decisões. É preciso tratá-los, modelá-los”, explica Simone Martins Antonio, HR Business Partner da PMG Vagas, uma empresa do Grupo PMG Academy.

E é neste contexto que surgem as carreiras impulsionadas pelo uso correto de dados. De acordo com o relatório “Jobs Of Tomorrow – Mapping Opportunity in the New Economy”, publicado em 2020, a área de dados e inteligência artificial está entre os sete grupos profissionais que são considerados importantes e emergentes. O estudo, realizado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), estima que, até 2022, a área deve responder por 16% das ofertas de emprego.

“Com a virtualização dos dados apareceram muitas formas de manipular, agrupar e fornecer informações diferentes e específicas para diversas áreas. É deste cenário que se deriva a expansão de carreiras relacionadas ao uso correto de dados. Ao passo em que é ampliada a maneira de utilizar os dados e gerar informações, naturalmente, se cria a necessidade de organizar, cuidar, tratar e garantir que estes dados sejam bem aplicados, armazenados e que fiquem seguros”, explica Simone Martins Antonio.

Além disso, ela considera que a pandemia impulsionou ainda mais a expansão de carreiras relacionadas a dados e inteligência artificial, uma vez que muitas empresas foram forçadas a adotar o modelo de trabalho digital.

“Os próprios profissionais de tecnologia da informação (TI), que já trabalhavam com virtualização e fluxo intenso de dados, precisaram estudar novas alternativas para a manipulação dos dados, segurança e armazenamento. Muitas soluções e ferramentas que eram utilizadas apenas em empresas de grande porte passaram a ser necessárias para empresas de pequeno e médio porte também. Ainda neste contexto, surgiram empresas especializadas em cuidar de dados e informações de outras empresas. Daí um aumento na procura por carreiras relacionadas”, justifica.

7 carreiras impulsionadas pelo uso correto de dados

Entenda as habilidades exigidas por cada uma dessas atividades:

1. Especialista em Inteligência Artificial (IA)

Só pelo nome desta profissão já dá para perceber que ela tem tudo a ver com tecnologia e também é bem futurista. O especialista em Inteligência Artificial (IA) trabalha com gerenciamento e manutenção de dados, área que exige muitos conhecimentos de Tecnologia da Informação (TI).

“Esse profissional também mexe com o desenvolvimento de algoritmos. É ele quem projeta e cria objetos artificiais, que resolvam problemas ou executem o trabalho de forma independente. Um exemplo clássico é a programação de robôs que ajudam na área de logística”, explica Simone Martins Antonio.

2. Cientista de dados

A Ciência de Dados é uma das áreas mais amplas do segmento. Profissionais deste setor trabalham para encontrar padrões e informações que permitam ter insights, prever tendências e resolver problemas – mesmo os que ainda são desconhecidos por parte da empresa.

“Para atuar como cientista de dados é preciso ter experiência ampla, reunindo conhecimentos de tecnologia, programação, estatística, matemática e entender profundamente do modelo de negócio que está trabalhando. Veja que não se trata de uma profissão apenas para quem é da área de Informática, mas também para os profissionais de Tecnologia da Informação, Negócios e Estratégias. Os cientistas de dados têm um papel fundamental em alimentar com inteligência e informações as mais diversas áreas da empresa”, explica Simone Martins Antonio.

De acordo com ela, muito mais do que uma área técnica, essa é uma carreira estratégica e de alto impacto nas organizações. “O Cientista de Dados é responsável por todo o ciclo de dados em uma empresa, desde a limpeza e modelagem até a fase de entrega interpretável das informações”, pontua.

3. Analista de dados

Também conhecido como Analista de Big Data, o Analista de Dados tem a responsabilidade de analisar os dados de forma quantitativa e qualitativa dentro de um conjunto bruto – também chamado de Big Data.

“Enquanto a empresa está no movimento de coleta de dados, o Analista de Dados foca suas atividades no desenvolvimento e manutenção da infraestrutura de dados. Ele deve servir de apoio nas tomadas de decisão com fundamento da base de dados. É ele que organiza, separa e formata a grande quantidade de dados que é coletada e chega desestruturada, tornando-os prontos para interpretação, criação de estratégias e tomada de decisões”, destaca Simone Martins Antonio.

A capacidade em programação e análise são importantíssimas para a profissão de Analista de Dados.

4. Analista de Business Intelligence

Interpretar os dados coletados de forma a gerar insights que facilitem a solução de problemas e a tomada de decisões, fomentando áreas como marketing, vendas e gestão estratégica é parte das atribuições de quem segue a carreira de Analista de Business Intelligence.

“É um profissional que tem um papel bem analítico. Para essa função é necessário ter habilidades de Tecnologia da Informação (TI), de comunicação e de resolução de conflitos”, pontua Simone Martins Antonio.

De acordo com ela, o papel do Analista de Business Intelligence é bastante prático, uma vez que é responsabilidade deste profissional transformar dados em ideias que gerem valor comercial.

“É uma das funções que está em alta pois é de grande importância para capitalizar os volumes de dados que as empresas coletam. Os Analistas de BI detectam áreas de perda de receita e identificam onde melhorias podem ser feitas para economizar dinheiro da empresa ou aumentar os lucros”, explica.

Para seguir carreira nesta área é preciso dominar conceitos de Business Intelligence e ferramentas técnicas.

5. DPO – Data Protection Officer

Garantir a segurança da informação é a principal função da carreira de DPO – Data Protection Officer – diretor de proteção de dados, em tradução livre. Este profissional tem como missão realizar a tarefa analítica de monitoramento, treinamento e auditoria. Também é de sua responsabilidade garantir que todos os envolvidos no processo de análise de dados trabalhem, manipulem e armazenem os dados corretamente, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

“Outra função fundamental do DPO é ser o responsável pelo contato entre a empresa que representa e as autoridades de supervisão da LGPD, no caso de uma fiscalização. O DPO não se atenta apenas aos profissionais subordinados à sua empresa. Ele também precisa garantir que os outros funcionários da organização e parceiros sigam algumas normas e comportamentos para proteger essas informações. Por isso, o papel de educador e treinador é essencial”, destaca Simone Martins Antonio.

Para seguir carreira na área é fundamental que o profissional tenha domínio e certificação relativas à LGPD.

6. DBA – Administrador de Banco de Dados

Apesar de bastante antigo no mercado, o cargo de Administrador de Banco de Dados, também chamado de Database Administrator (DBA) é uma das carreiras impulsionadas pela corrida do uso correto de dados e continua em alta, garantindo, é claro, boas remunerações pelo trabalho.

“O DBA é o profissional especializado que cuida e se responsabiliza pela gestão de banco de dados. Ele responde por todo o gerenciamento, instalação, monitoramento, configurações e por manter a segurança do ambiente”, explica Simone.

7. Especialista em Cloud

Sempre que você entra em um site, preenche um cadastro, faz uma compra, todos os dados são armazenados em nuvens. Por isso, o Especialista em Cloud é uma das carreiras impulsionadas pela corrida do uso correto de dados.

“Um Especialista em Nuvem analisa os indicadores do ambiente computacional, verifica a evolução da infraestrutura e a otimização dos recursos e garante que as soluções Cloud funcionem e atendam aos requisitos de segurança, disponibilidade e desempenho. A maneira como as tecnologias individuais são integradas para criar nuvens são trabalhadas pelos arquitetos em Nuvem”, explica.

Como aproveitar as oportunidades e seguir carreira na área de dados

Atualmente, as profissões relacionadas com a área de dados são muitas e todas com crescimento em potencial, uma vez que atendem demandas de diferentes etapas do processo.

Enquanto alguns profissionais se dedicam à extração de big data, outros atuam na armazenagem, na interpretação e, outros ainda, em seu uso estratégico. Além disso, há ainda profissionais dedicados a manter a segurança da informação e o sigilo na geração de novos dados.

“O tratamento da informação sempre foi necessário e estruturado. Por isso, desde sempre temos cargos de especialista e de generalista, por exemplo. Atualmente, um profissional que pensa na sua carreira com o modelo T-Shaped (especialista em uma área e generalista em mais de duas áreas) têm maiores chances no mercado de trabalho e precisa ter claro como se posicionar na área de generalista e de especialista”, pontua Simone Martins Antonio.

As informações do relatório do Fórum Econômico Mundial vão ao encontro das considerações feitas por ela.

O estudo pontua que as profissões de dados e Inteligência Artificial – uma das sete áreas emergentes levantadas pela pesquisa – comportam profissionais para atuar em papeis de pequena escala, como Desenvolvedores de Big Data, e também profissionais altamente especializados, como Cientistas de Dados. Assim, a grande diversidade de oportunidades no mercado de trabalho contempla oportunidades para profissionais com muita e pouca qualificação.

“Escolhendo a especialização em Dados, por exemplo, o profissional deve conseguir olhar para sua carreira, suas experiências, valorizar o que já passou e se adaptar, atualizando-se com estudo sistemático e muita leitura”, orienta Simone.

Já para os profissionais com um currículo técnico em apenas uma ferramenta ou sistema e que não se consideram fortes especialistas, a especialista recomenda um aprofundamento em modelos de negócios e melhores práticas de gerenciamento. “Esse profissional não vai deixar de ser um técnico especialista, mas vai conseguir agregar outros valores ao seu trabalho, de maneira generalista”, defende.

Além disso, existem várias ferramentas e profissionais da área de RH de Tecnologia que podem ajudar com testes, mapeamento de competência e plano de aperfeiçoamento dos hard e soft skills.


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