Os escritórios são projetados para que os colaboradores tenham melhor conforto ao trabalhar. Entretanto, com a migração da jornada laboral para o regime remoto por conta da pandemia de Covid-19, vários aspectos que antes passavam despercebidos agora entram em cena, como a importância de se ter uma boa iluminação para home office.
A exposição prévia, e não permanente, à luz azul, por exemplo, é capaz de manter a concentração e o cérebro mais estimulado às tarefas cognitivas que exigem precisão e velocidade, segundo estudo publicado pela Sleep Foundation.
Desse modo, este é um fator que interfere na saúde física e mental do indivíduo, e que merece atenção. Só que como é possível utilizar a iluminação a favor da produtividade e do bem-estar dentro de casa e com poucos retoques?
Mesmo que nem todos tenham um ambiente ou móveis profissionais similares a um escritório em casa, é viável se adaptar em prol da melhoria das condições laborais.
Danilo Borges, arquiteto especialista em light design do Núcleo Metropolitano de Arquitetura e Design, conta que dá para trabalhar perfeitamente em casa, no entanto, dependendo da estrutura, pode ser preciso algumas alterações, como a troca de uma lâmpada. Se você for além e tiver condições, vale a pena fazer uma consultoria com um profissional para tomar as melhores decisões e adquirir materiais adequados à sua infraestrutura.
Nesse contexto, é inevitável pensar em ergonomia, estudo científico da relação entre o homem, seus meios, métodos e espaços de trabalho estabelecido por meio da norma regulamentadora NR-17 prevista nas Consolidações das Leis do Trabalho (CLT), que tem como objetivo garantir parâmetros para uma boa condição laboral.
Portanto, Alexandre Thompson, arquiteto e designer da Thompson Arquitetura & Construção, faz o alerta. “A escolha da mesa ideal para trabalho, uma cadeira ergonomicamente correta e uma boa iluminação são aspectos fundamentais para que as pessoas tenham um ambiente confortável e propício ao home office”, diz.
A arquiteta do Club Casa&Design, Patrícia Duarte, também preza por essa premissa, tanto que o objetivo é um só. “Adaptar o ambiente de trabalho para gerar bem-estar e contribuir com a sua produtividade. Aliado ao fato de se estar em casa, onde o foco é perdido facilmente, é essencial ter essa questão muito bem resolvida”, pontua a especialista.
Juntos, os profissionais dão dicas de como tornar tudo isso viável ao montar um local apropriado e aconchegante.
A luz natural, além de garantir uma iluminação eficiente, é mais saudável e foi cientificamente comprovado que atua juntamente aos hormônios do bem-estar, uma vez que auxilia no equilíbrio do ritmo circadiano, que regula o humor conforme está claro ou escuro.
As paredes e tetos devem ser pintados com cores claras (branco é mais comum), pois assim refletem luz. Se usar cores quentes (vermelho, amarelo e laranja), o ideal é evitar colocar lâmpadas. No caso das cores frias (azul, violeta, verde e etc), o melhor é optar por luminárias de LED.
O ideal é usar uma lâmpada neutra, pois se for muito branca, cansa a visão em poucas horas. As que são mais amareladas deixam a pessoa muito relaxada, pois são para descanso.
As luminárias suspensas aumentam a eficiência e deixam o ambiente menos cansativo. Pensar na distribuição e localização pode dar um resultado final excelente, prevenindo sombras e contrastes do que se quer iluminar ou não.
Entre as principais consequências do uso excessivo de telas ou da adoção de iluminação inadequada estão a vista cansada, a perda da qualidade do sono, dores de cabeça frequentes e até mesmo distúrbios emocionais e doenças de pele.
“Se a luz estiver ofuscando a pessoa, o desconforto prejudicará imediatamente o rendimento das tarefas, além de gerar fadiga ocular. Uma luz excessiva também gera cansaço, pois faz com que o globo ocular fique mais dilatado, prejudicando a saúde dos olhos”, pontua Danilo Borges.
A arquiteta Patrícia Duarte corrobora o fato desses perigos existirem e ainda ressalta como espaços iluminados incorretamente são prejudiciais. “É comprovado cientificamente que um ambiente com uma má iluminação diminui o nível de cortisol, que é um hormônio responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Com isso, um espaço escuro deixa as pessoas desanimadas, sem foco e sem vontade”, explica.
“Essa iluminação fraca estimula as pessoas a terem mais chances de cometer erros e de serem improdutivas. Já em locais iluminados excessivamente, é comum sentir dores de cabeça e ardência nos olhos”, completa a profissional.
De acordo com pesquisa da Workana, plataforma on-line que mede a relação entre freelancers e empresas, 84,2% dos gestores pensam em dar continuidade ao regime remoto de trabalho devido à experiência obtida no último ano. Por isso, apostar em uma boa iluminação para home office torna-se investimento, e não um gasto.
O mesmo estudou mostrou, ainda, que a vaga de emprego que envolve trabalho remoto é mais atrativa para 96,7% dos entrevistados, e que 94,2% dos profissionais de carteira assinada gostariam de permanecer neste tipo de regime após a pandemia.
Sendo assim, além das questões laborais e de saúde, a temática assume um papel mercadológico, que está ainda mais pertinente dado o cenário atual, que ainda não apresenta condições seguras e em massa para a retomada integral das atividades presenciais.
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