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Por que o Brasil lidera a digitalização bancária na América Latina

Por que o Brasil lidera a digitalização bancária na América Latina

Com o país cada vez mais conectado e um órgão regulador que traz em sua agenda a inclusão financeira e digital como uma prioridade, a digitalização bancária caminha a passos largos

A pandemia mudou o comportamento do consumidor, incentivando a adoção do digital com mais velocidade e em maior escala. E, no setor financeiro, a digitalização bancária acabou se consolidando, sendo o Brasil e o Chile os países com maior alcance em sites a bancos em toda a América Latina.

Os dados são da Comscore, uma empresa global de medição e análise de mídia, que divulgou em seu mais recente relatório que também identificou que os conteúdos financeiros se multiplicaram nas redes sociais, e os aplicativos de bancos emergentes e tradicionais também ganharam espaço entre os consumidores.

Para Richard Silva, senior IT executive do Santander Brasil, mesmo antes da pandemia o comportamento do consumidor avançava de modo muito consistente em direção à adoção digital.

Segundo a pesquisa da FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2020, o total de transações bancárias por meios digitais passou de 52% para 63% de 2015 a 2019. Um ano antes da pandemia se consolidar no Brasil, o volume de transferências bancárias via celular teve crescimento de 43% (2019 ante 2018).

“Observando a popularização da internet no Brasil, com quase 160 milhões (75%) da população com algum tipo de acesso, conforme relatório de 2021 da We Are Social. Somos definitivamente um país no qual o meio digital já se estabelece como o novo normal também aos serviços bancários”, esclarece o executivo do Santander.

Aliada ao maior acesso aos meios digitais, a digitalização bancária no Brasil também faz parte de uma mudança de hábito do consumidor, que se mostra muito mais aberto a experimentar novos produtos e serviços.

O Pix é um bom exemplo. A ferramenta para transferências instantâneas de valores lançada no final de 2020 tem o 2º ritmo de adoção mais rápido em comparação com outros dez países, segundo o Banco Central.

Até o final de março, de acordo com a instituição, o Pix registrava 206,6 milhões de chaves, tendo movimentado no período cerca de R$ 787,2 bilhões em mais de 1 bilhão de transações. O seu uso atualmente já supera as tradicionais modalidades de transferência, como o DOC, o TED e o boleto bancário.

“O avanço da tecnologia também proporcionou a criação e o avanço de soluções para o mercado como um todo. Por fim, há também um regulador totalmente aberto e estimulando a competição e a entrada de novos players”, exeplica Richard Silva.

Raul Moreira, Coordenador do Comitê de Inovação do Banco Original, também concorda que já era possível enxergar um contexto que visava a digitalização, antes mesmo da pandemia.

“Esse é um dos grandes desafios do setor, a inclusão financeira e digital. No Original, inclusive, usamos esse termo e não mais bancarização. Acreditamos na liberdade de escolha do cliente frente às suas necessidades, que não precisam necessariamente ser um banco e sim, uma wallet de meios de pagamento, como a PicPay”, pontua Moreira.

A digitalização bancária pós-pandemia

A necessidade induzida por força da nova realidade de distanciamento social tem resultado em incrementos muito expressivos na digitalização dos serviços bancários.

Entre janeiro e abril de 2020, por exemplo, logo nos primeiros efeitos da pandemia, as transações bancárias realizadas por pessoa física via celular cresceram 22%, com queda no mesmo período de 53% nas agências, segundo a Delloite.

“Nos deparamos com uma realidade em que chegamos a quase 40 milhões de downloads do aplicativo Caixa Auxílio Emergencial em apenas nove dias. Cinco dos quatro aplicativos mais baixados no Brasil em abril de 2020 foram bancários. Uma vez induzido este comportamento, os efeitos persistiram e definitivamente os números dos serviços bancários digitais cresceram sem precedentes”, esclarece o executivo do Santander.

Como resultado, houve uma modernização da infraestrutura bancária brasileira que absolutamente não aconteceria na mesma velocidade como foi a impulsionada pela digitalização exponencial em meio à pandemia.

Por que o Brasil lidera a digitalização bancária na América Latina?

O Brasil tem uma história muito rica de evolução da indústria bancária, e que agora se consolida a passos largos de sua digitalização. Em um país que é o mais conectado nas redes sociais de toda a América Latina, com 88% dos brasileiros internautas como usuários de YouTube, Facebook, Twitter, Instagram, entre outros, a população se confirma com perfil digital, estendendo este comportamento aos serviços bancários.

Adicionalmente, o mercado tem se consolidado como muito plural no ecossistema de fintechs e bancos digitais, gerando um ambiente muito competitivo pelo cliente digital. O relatório da FintechLab de 2020 revelou que 35% das fintechs mapeadas em agosto do ano passado não existiam em 2019.

Assim sendo, estima-se um volume de aproximadamente mil fintechs e iniciativas de eficiência financeira em atuação no Brasil, num contexto em que o Pix e o Open Banking impulsionam uma competitividade sem precedentes na digitalização do sistema financeiro nacional.

Um ponto extremamente positivo, que é uma vantagem brasileira, é também a presença de um regulador forte e que traz em sua agenda a inclusão financeira e digital como uma prioridade.

A criação dos serviços bancários digitais é uma forma de facilitar a entrada de pessoas que não tinham acesso ao mercado financeiro anteriormente. E, além das proporções continentais em território, o país possui mais de 240 milhões de celulares – um mercado com grande potencial e que não pode ser ignorado. Além da escala do mercado, há um consumidor muito aberto às evoluções tecnológicas.

“O Open Banking, na nossa visão, irá contribuir ainda mais para essa transformação digital. Com as informações passando a ser de posse dos usuários, o ambiente será muito mais propício para o surgimento de novos produtos e serviços, além da democratização do acesso ao crédito, outra questão do país”, finaliza o executivo do Banco Original.


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