O Mercado Livre abre a partir deste mês inscrições para novo programa, o Conectadas, que visa aproximar jovens mulheres latino-americanas da tecnologia. Em parceria com as ONGs Reprograma e Chicas en Tecnología, a iniciativa de cunho ESG é gratuita e foca na redução da desigualdade de gênero no setor de tecnologia, ao passo que aproxima as adolescentes das competências da área ao estimular o desenvolvimento de habilidades tecnológicas.
“De acordo com a UNESCO, apenas 3% daqueles que estudam Ciências da Informação se identificam com o gênero feminino. Por isso, no Mercado Livre, conscientes de nosso papel social cada vez mais relevante, queremos estimular que cada vez mais meninas se apropriem da tecnologia para construir futuros mais inclusivos e gerar impactos positivos nas duas comunidades”, explica Laura Motta, gerente de sustentabilidade do Mercado Livre.
De acordo com o marketplace, o Conectadas consiste em uma imersão online gratuita de quatro meses, em um total de 32 horas. Na formação, dividida em doze encontros, serão abordados conteúdos sobre transformação digital, resolução de problemas, UX, desenvolvimento de negócios e marketing digital. O programa, que estimula a criação de soluções tecnológicas e com impacto social, conta com especialistas de diferentes áreas e diversas ferramentas de gestão.
As quatro primeiras turmas previstas para o segundo semestre deste ano totalizam 200 vagas, das quais o Mercado Livre reservou 50% para meninas pretas, pardas e indígenas.
Para participar, não é necessário conhecimentos prévios na área — apenas o desejo de desenvolver soluções inovadoras baseadas na tecnologia frente a um contexto desafiador.
As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas no site da Conectadas.
Compromisso com a equidade
O projeto alinhado à agenda ESG do Mercado Livre conta com o apoio de duas importantes organizações latinas ligadas ao desenvolvimento de profissionais mulheres. Nascida em 2015, a Chicas é uma organização argentina com o foco em reduzir a lacuna de gênero no ambiente empreendedor, propósito similar ao da Reprograma, que busca capacitar e formar mulheres, com atenção especial a negras e mulheres trans, em programação e dar suporte à sua inserção no mercado de trabalho.
Enquanto a Chicas conta com o apoio de empresas como Disney, J.P. Morgan e Fundação Global S&P, a Reprograma tem parcerias com gigantes como Accenture e iFood.
“Existe um histórico social e cultural que impede as mulheres, desde crianças, de acreditarem que elas podem atuar na área de tecnologia. Pesquisas mostram que a partir dos seis anos as meninas começam a pensar que não são boas para as exatas, logo cria-se um intelecto de que computador é apenas para meninos. Queremos com o projeto quebrar esses falsos paradigmas e mostrar que carreiras em tecnologia são também para mulheres”, destaca Mariel Reyes Milk, Fundadora e CEO da Reprograma.
+ Notícias