Os brasileiros são verdadeiros fãs das redes sociais. Segundo dados do Relatório Digital 2021, divulgado pelas empresas We Are Social e Hootsuite, existem 150 milhões de usuários de mídias sociais no Brasil. Para termos uma ideia da dimensão desse número, isso significa que 70,3% da população do país acessa pelo menos uma rede social no seu dia a dia.
Ainda tem mais. De acordo com o mesmo estudo, os brasileiros gastam em média 10 horas e 8 minutos usando a internet, sendo 3 horas e 42 minutos nas redes sociais.
Smartphones: tudo acontecendo na palma da nossa mão
Uma pesquisa recente da GWI mostrou que o usuário global típico da Internet agora gasta 3 horas e 39 minutos por dia usando a Internet em seu telefone celular, em comparação com um total de 3 horas e 24 minutos por dia assistindo televisão. Sim, os smartphones se tornaram a primeira tela no mundo, mas isso não é grande novidade.
Relacionamento entre marcas e clientes nas redes sociais
Todas essas pessoas que estão cada vez mais presentes no Instagram, Twitter, Pinterest, Facebook, TikTok e LinkedIn estão levando as empresas para ambientes digitais, transformando as formas de interação entre marcas e clientes. Um novo ambiente que exige diferentes maneiras de se relacionar e até comprar, causando grandes mudanças nos hábitos de consumo.
O levantamento feito pela Opinion Box mostrou que 53% dos consumidores afirmaram que sentem falta das marcas se posicionarem mais publicamente, enquanto 73% afirmaram que se sentem mais próximos de marcas mais humanas e que se preocupam com os problemas das pessoas. Outro dado importante: 72% destacaram que o diálogo entre marcas, causas e consumidores deve ser mais estimulado no ambiente digital.
Millennials, Geração Z e a mudança nos hábitos de consumo
Enquanto a Geração X estava acostumada a ficar anos em uma mesma empresa, fazer carreira e guardar dinheiro para ter bens duráveis, os Millennials ou Geração Y chegaram com foco na felicidade. Eles querem algo que os realize, desafie e faça alguma diferença.
E a Geração Z? Bem, ela não segue nenhuma das duas. Realistas para o trabalho, mas motivada por causas que estejam de acordo com seus valores pessoais. Eles lutam pelo que acreditam e querem fazer negócios com empresas e marcas que pensem da mesma forma.
Essa busca por um posicionamento claro sobre assuntos como racismo, sustentabilidade, impacto social e LGBTfobia tem sido impulsionada por esses jovens. E as marcas precisaram se adaptar à essa nova realidade, como disse um jovem ao relatório de tendências globais do Spotify:
“Para realmente influenciar as gerações mais jovens, as marcas precisam mostrar atitudes que deixem claro que estão dispostas a perder lucros e clientes pelo que acreditam.”
Tanto marcas, quanto pessoas tem um papel fundamental na busca por uma sociedade e um mundo melhor. Felizmente, vemos nesses ambientes digitais de discussão cada vez mais empatia e diversidade, e menos ignorantes apontando para esses casos como “mimimi” ou “frescura”.
As redes sociais ampliaram o alcance dessas discussões e, cada um de nós, como produtores de conteúdo precisamos nos posicionar. Novos posicionamentos são formas de promover a inovação. E isentos, não há mais espaços para vocês.
*Murilo Rezende é conteudista da Circle Aceleradora.
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