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O que esperar do Open Finance em 2022?

O que esperar do Open Finance em 2022?

Tendo a experiência do cliente como foco, a inovação possibilita mais opções personalizadas e oferta de melhores preços

A inovação tecnológica tem feito cada dia mais parte da nossa rotina. Seja na forma de consumir, comunicar ou entreter, temos acompanhado diversos avanços que chegaram, também, ao sistema financeiro. Estamos vivendo uma verdadeira revolução bancária no Brasil, que tem como premissa a digitalização de processos e serviços, visando a melhor experiência do cliente. O Pix é um ótimo exemplo de como uma simples transferência entre contas, antes uma transação burocrática, passou a ser muito mais rápida e fácil. E tal evolução só é possível porque barreiras estão sendo quebradas: a troca de dados tem possibilitado que o cliente tenha mais conveniência para atividades do dia a dia. Estamos, agora, na fase de inovação chamada Open Finance.

Afinal, o que é Open Finance?

Iniciado em 2021, o Open Finance é a etapa seguinte após a consolidação do Open Banking no País — sistema que disponibiliza dados financeiros entre os players do mercado, mediante autorização do cliente e com gerenciamento do Banco Central. Assim, Open Banking e Open Finance são complementares para a revolução bancária de realizar pagamentos e migrar informações entre contas e beneficiários. Nesse sistema, o cliente passa a ser dono dos seus dados financeiros, tendo a possibilidade de compartilhar com as instituições que desejar, determinando quais dados poderão ser compartilhados.

Além de inovação, o Open Finance apresenta mais opções para a experiência dos clientes e novas oportunidades para as empresas do sistema financeiro, reunindo todos os produtos tradicionais bancários, como crédito e conta corrente. A partir de agora, o novo fluxo de dados será levado para além de bancos e fintechs: instituições como seguradoras e corretoras de investimentos, câmbio e previdência também passam a atuar no processo. Nesse novo cenário de oportunidades, a expectativa é que o consumidor tenha acesso a melhores preços e serviços personalizados.

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Com tamanha inovação e possibilidades de compartilhamento de informação, a tendência é que os meios de pagamentos se fundam cada vez mais dentro de outras plataformas. Por exemplo, aplicativos de delivery ou de transporte, em que é possível pagar pelos serviços usando uma ampla gama de formas de pagamento, não se limitando mais a somente o cartão de crédito. Ou seja, as transações estão sendo entendidas como mais importantes que as instituições financeiras em si, e o atendimento ao cliente é a prioridade.

Experiência do cliente em foco

“Com o Open Finance, a experiência do cliente será aprimorada com a oferta personalizada de soluções, agilidade para mudanças, assertividade nas decisões, novos produtos e, ainda, mais segurança para as transações”, explica Peterson Santos, CEO da Trio, plataforma de tecnologia para Open Data.

Tamanha é a atenção ao cliente que, em todo esse processo de tecnologia da informação, a experiência do cliente é uma das principais preocupações do Banco Central. Prova disso, é que o grupo de UX (user experience) foi o primeiro criado dentro da autorregulação do Open Banking. Tais grupos de trabalho servem para discutir sobre requisitos e recomendações das jornadas, inclusive para as telas que o cliente irá interagir (aplicativos, website, caixa eletrônico, etc.). “O objetivo é o máximo de segurança e o mínimo de fricção para aumentar a adesão da população. Também são estabelecidas camadas de segurança, seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), e mensagens nas telas que reforcem ao cliente exatamente o que está compartilhando, para quais instituições e para quais objetivos. Sem falar na possibilidade de revogar o consentimento a qualquer momento”, detalha Gustavo Bresler, gerente de estratégia da Quanto, plataforma de Open Banking.

E se 2021 ficou marcado como um ano para a revolução bancária, 2022 seguirá sendo um ano de construção e consolidação do Open Finance no Brasil. “Podemos esperar para 2022 a criação de serviços financeiros mais acessíveis e mais personalizados às necessidades dos clientes. O que é o primeiro passo de uma modernização que coloca o país na vanguarda global do uso de dados para além do sistema financeiro”, destaca Gustavo Bresler. De acordo com o Banco Central, toda a implementação do Open Banking no Brasil terá o maior escopo do mundo.

Desafios para aderir ao serviço

O Open Finance engloba todo o sistema e mercado financeiro, exigindo que as instituições se adequem à nova era. Visando oferecer o melhor atendimento a seus clientes, bancos tradicionais e digitais estão inovando para serem protagonistas dessa revolução. De acordo com Maxnaun Gutierrez, head de produtos e pessoa física do C6 Bank, os bancos estão se preparando em três frentes principais: transformação interna do modelo de negócios, transformação tecnológica e comunicação com os clientes. “O Open Finance permite uma diversidade de modelos de negócio até então inviáveis tecnicamente. Hoje, há um esforço das instituições para fazer com que todas as áreas e pessoas da organização entendam essa revolução e seu papel nela”, afirma.

Os especialistas são unânimes em indicar que o principal desafio para o sucesso da adesão do Open Finance é a barreira cultural da população. De acordo com Santos, isso se dá uma vez que o brasileiro ainda está se acostumando com o uso da tecnologia no setor financeiro. Levantamentos reforçam essa ideia de distanciamento da inovação: em pesquisa do Ipec, encomendada pelo C6 Bank, de maio de 2021, a poucas semanas do início da implementação do Open Banking, 56% dos entrevistados com acesso à internet não conheciam a nova tecnologia.

Em busca de mudar essa realidade, o Banco Central e entidades que reúnem instituições financeiras têm se empenhado em disseminar o conhecimento sobre Open Finance à população, lembra Gutierrez. “À medida que o conceito for traduzido em soluções concretas e as fases da implementação do Open Banking no país avançarem, a resistência à novidade deve diminuir”, destaca.

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De fato, novidades costumam gerar certa desconfiança nos clientes, ainda mais se tratando de movimentações financeiras. No caso do Open Finance, os questionamentos surgem, principalmente, em relação à segurança do compartilhamento dos dados. Para Bresler, uma vez que o consumidor entende que terá um poder de barganha sobre seus próprios dados, o que resultará em acesso a mais e melhores produtos financeiros, será mais fácil a adoção.

Apesar de a digitalização em serviços financeiros ainda soar estranha para muitos brasileiros, as perspectivas de adoção da tecnologia são positivas. De acordo com uma pesquisa encomendada pela consultoria Aster Capital, em parceria com a Quanto, feita com 2 mil pessoas, apontou que 65% dos entrevistados estão dispostos a compartilhar dados para obter melhores taxas. A constatação é um indicativo de que o brasileiro tem maior propensão a adotar o Open Banking, o que pode refletir também no Open Finance.


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