Pesquisar
Close this search box.
/
/
Realidade nua e crua: é difícil ver um futuro digital quando a conectividade aqui é tão escassa

Realidade nua e crua: é difícil ver um futuro digital quando a conectividade aqui é tão escassa

Engana-se quem pensa que todo brasileiro está na internet: o gap, mostra a pesquisa, ainda é bastante expressivo

Quando falamos de um mundo digital, que caminha para a liberdade, para o metaverso e para uma visível evolução tecnológica, é fácil pensar em como parecemos avançados. Em um curto imaginário, pensamos em óculos VR por todos os lados, pessoas interagindo dentro de um novo universo virtual e fazendo transações com novos ativos financeiros. E talvez essa até seja a realidade de parte dos brasileiros, mas sem dúvidas isso não reflete a situação atua do País.

É o que mostra a mais nova pesquisa da PwC, intitulada “O abismo digital no Brasil”, que explora a desigualdade de acesso à internet, infraestrutura e educação no País, destacando os principais pontos de dificuldade para atingirmos um futuro mais conectado. E os resultados desse relatório não são lá muito animadores: ainda há uma imensa parcela de brasileiros que não está sequer conectada à internet, ao passo que milhões de pessoas enfrentam a dura realidade da subconectividade.

Assine a nossa newsletter e fique atualizado sobre as principais notícias da experiência do cliente  

Ainda há um longo caminho para se percorrer até chegarmos ao tão sonhado futuro conectado, que abrirá portas mais justas ao metaverso — ou, pelo menos, iniciar esse processo à totalidade de consumidores brasileiros. E para isso, é preciso reconhecer o cenário atual do País. Confira:

Quem são os brasileiros conectados?

Para se ter ideia, embora 81% da população com 10 anos ou mais usem a internet, apenas 20% deles têm acesso de qualidade à rede, o que dificulta (e muito) a navegação diária.

No estudo, a PwC traçou um mapa para identificar o perfil de cada consumidor e seu nível de conectividade. E o desafio é grande: ao todo, são cerca de 33,9 milhões de brasileiros desconectados, sendo a maior parte deles composta por homens não alfabetizados, idosos e pertencentes às classes C, D e E.

Mas também há esperança, sobretudo após a pandemia, que fez com que várias famílias conquistassem o acesso à internet — mesmo que precário —, para que os filhos pudessem assistir às aulas à distância no período de isolamento. Nas classes mais desfavorecidas, é claro, a conexão continua baixa. A boa notícia é que esse cenário vem mudando.

digital
Foto: PwC

Leia mais: STJ autoriza rescisão de contrato com provedora de internet por velocidade

A PwC destaca que 44,8 milhões de brasileiros se enquadram como “parcialmente conectados”, posto que acessam a internet 25 dias ao mês. A maior parte dessas pessoas é negra, mora na região Sudeste, é menos escolarizada e pertence às classes C, D e E.

Já 41,8 milhões são considerados subconectados, das regiões Norte e Nordeste, que acessam a internet pelo celular pré-pago, com frequência de 19 dias por mês. A maior parte desse grupo é composta por pessoas negras, menos escolarizadas e das classes D e E.

Somente 49,4 milhões de pessoas no País, menos de um quarto da população, são plenamente conectados e acessam a internet pelo menos 29 dias ao mês. A maior parte deles, no entanto, vem de um ambiente socioeconômico muito mais favorável: são majoritariamente das regiões Sul e Sudeste, escolarizados, brancos e de classe A e B e acessam via celular pós-pago ou notebook.

Onde não há conexão de qualidade, não haverá ascensão do digital

Outro ponto destacado pela pesquisa é que o valor recomendado para uma boa conectividade digital depende de até 1 mil habitantes por infraestrutura. No Brasil, nenhuma capital possui essa qualidade e, quanto menor a renda do usuário, pior é o sinal de internet.

Ao todo, 13,5 milhões de domicílios no País são atendidos por conexão de banda larga móvel, ou seja, via modem ou chip. Essa é a forma mais lenta para acessar à rede 9 em cada 10 são de pessoas das classes C, D e E.

digital
Foto: PwC

E não para por aí: o motivo pela contratação de uma internet mais lenta está diretamente ligado ao preço de conexões com maior qualidade. 68% dos domicílios desconectados afirmam que não contratam serviços de internet porque o preço é muito alto. Não à toa, o Brasil ocupa a 48ª posição no ranking de custo desse serviço em todo o mundo.

Leia mais: Brasil e o ranking mundial de velocidade da internet

Dessa forma, a alternativa é usar um smartphone para navegar na web, dentro dos limites estabelecidos em planos de telefonia e internet pré-pagos. Hoje, 99% dos brasileiros acessam a rede conectada por celular — tendo em vista que 58% deles só conseguem estar conectados por ele —, ao passo que apenas 42% o fazem pelo computador.

digital
Foto: PwC

Um setor caro e com falta de mão de obra qualificada

É evidente que o preço do digital passa por inúmeras dificuldades. Ter acesso pode ser mais difícil do que se parece, posto que a internet demanda uma estrutura ou via satélite — que, na maior parte das vezes, é precária e não possui velocidade de processamento — ou via rádio ou fibra ótica, a mais rápida opção. Mas levar esse acesso a todos em um país como o Brasil não é tão simples.

Prover acesso uma internet de qualidade à população significa também entrar em um investimento público de infraestrutura, o que também dificulta o processo. Além disso, o país também passa por uma carência de mão de obra qualificada. A PwC estima que até 2025 haja uma demanda de 800 mil novos profissionais para o setor de tecnologia, sendo 30 mil o déficit projetado no segmento.

Assine a nossa newsletter e fique atualizado sobre as principais notícias da experiência do cliente  

Mas a entrada de novas tecnologias pode acelerar esse processo e, dessa forma, diminuir esse abismo de conectividade. O 5G, por exemplo, está entre as tecnologias que promoverão uma velocidade de conexão maior.


+ Notícias

Banda larga: a realidade brasileira da conexão à web

Como a conectividade impulsiona a evolução do varejo físico? 

Recomendadas

MAIS MATÉRIAS

SUMÁRIO – Edição 283

As relações de consumo acompanham mudanças intensas e contínuas na sociedade e no mercado. Vivemos na era da Inteligência Artificial, dos dados e de um consumidor mais exigente, consciente e impaciente. Mais do que nunca, ele é o centro de tudo: das decisões, estratégias e inovações.
O consumidor é digital sem deixar de ser humano, inovador sem abrir mão do que confia. Ele quer respeito absoluto pela sua identidade, quer ser ouvido e ter voz.
Acompanhar cada passo dessa evolução é um compromisso da Consumidor Moderno, agora um ecossistema de Customer Experience (CX), com o mais completo, sólido e original conhecimento sobre comportamento do consumidor, inteligência relacional, tecnologias, plataformas, aplicações, processos e metodologias para operacionalizar a experiência de modo eficaz, conectando executivos e lideranças.

CAPA:
Imagem idealizada por Melissa Lulio,
gerada por IA via DALL·E da OpenAI, editada por Nádia Reinig


Publisher
Roberto Meir

Diretor-Executivo de Conhecimento
Jacques Meir
[email protected]

Diretora-Executiva
Lucimara Fiorin
[email protected]

COMERCIAL E PUBLICIDADE
Gerentes-Comerciais
Andréia Gonçalves
[email protected]

Daniela Calvo
[email protected]

Elisabete Almeida
[email protected]

Érica Issa
[email protected]

Fabiana Hanna
[email protected]

NÚCLEO DE CONTEÚDO
Head
Melissa Lulio
[email protected]

Editora-Assistente
Larissa Sant’Ana
[email protected]

Repórteres
Bianca Alvarenga
Danielle Ruas 
Jéssica Chalegra
Julia Fregonese
Marcelo Brandão

Designer
Melissa D’Amelio

Revisão
Elani Cardoso

MARKETING
Líder de Marketing Integrado 
Suemary Fernandes 
[email protected]

Coordenadora
Mariana Santinelli

Coordenador de Marketing de Performance 
Jonas Lopes 
[email protected]

TECNOLOGIA
Gerente

Ricardo Domingues

CX BRAIN
Data Analyst
Camila Cirilo
[email protected]


CONSUMIDOR MODERNO
é uma publicação da Padrão Editorial Eireli.
www.gpadrao.com.br
Rua Ceará, 62 – Higienópolis
Brasil – São Paulo – SP – 01234-010
Telefone: +55 (11) 3125-2244
A editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos ou nas matérias assinadas. A reprodução do conteúdo editorial desta revista só será permitida com autorização da Editora ou com citação da fonte.
Todos os direitos reservados e protegidos pelas leis do copyright,
sendo vedada a reprodução no todo ou em parte dos textos
publicados nesta revista, salvo expresso
consentimento dos seus editores.
Padrão Editorial Eireli.
Consumidor Moderno ISSN 1413-1226

NA INTERNET
Acesse diariamente o portal
www.consumidormoderno.com.br
e tenha acesso a um conteúdo multiformato
sempre original, instigante e provocador
sobre todos os assuntos relativos ao
comportamento do consumidor e à inteligência
relacional, incluindo tendências, experiência,
jornada do cliente, tecnologias, defesa do
consumidor, nova consciência, gestão e inovação.

PUBLICIDADE
Anuncie na Consumidor Moderno e tenha
o melhor retorno de leitores qualificados
e informados do Brasil.

PARA INFORMAÇÕES SOBRE ORÇAMENTOS:
[email protected]

SUMÁRIO – Edição 283

As relações de consumo acompanham mudanças intensas e contínuas na sociedade e no mercado. Vivemos na era da Inteligência Artificial, dos dados e de um consumidor mais exigente, consciente e impaciente. Mais do que nunca, ele é o centro de tudo: das decisões, estratégias e inovações.
O consumidor é digital sem deixar de ser humano, inovador sem abrir mão do que confia. Ele quer respeito absoluto pela sua identidade, quer ser ouvido e ter voz.
Acompanhar cada passo dessa evolução é um compromisso da Consumidor Moderno, agora um ecossistema de Customer Experience (CX), com o mais completo, sólido e original conhecimento sobre comportamento do consumidor, inteligência relacional, tecnologias, plataformas, aplicações, processos e metodologias para operacionalizar a experiência de modo eficaz, conectando executivos e lideranças.

CAPA:
Imagem idealizada por Melissa Lulio,
gerada por IA via DALL·E da OpenAI, editada por Nádia Reinig


Publisher
Roberto Meir

Diretor-Executivo de Conhecimento
Jacques Meir
[email protected]

Diretora-Executiva
Lucimara Fiorin
[email protected]

COMERCIAL E PUBLICIDADE
Gerentes-Comerciais
Andréia Gonçalves
[email protected]

Daniela Calvo
[email protected]

Elisabete Almeida
[email protected]

Érica Issa
[email protected]

Fabiana Hanna
[email protected]

NÚCLEO DE CONTEÚDO
Head
Melissa Lulio
[email protected]

Editora-Assistente
Larissa Sant’Ana
[email protected]

Repórteres
Bianca Alvarenga
Danielle Ruas 
Jéssica Chalegra
Julia Fregonese
Marcelo Brandão

Designer
Melissa D’Amelio

Revisão
Elani Cardoso

MARKETING
Líder de Marketing Integrado 
Suemary Fernandes 
[email protected]

Coordenadora
Mariana Santinelli

Coordenador de Marketing de Performance 
Jonas Lopes 
[email protected]

TECNOLOGIA
Gerente

Ricardo Domingues

CX BRAIN
Data Analyst
Camila Cirilo
[email protected]


CONSUMIDOR MODERNO
é uma publicação da Padrão Editorial Eireli.
www.gpadrao.com.br
Rua Ceará, 62 – Higienópolis
Brasil – São Paulo – SP – 01234-010
Telefone: +55 (11) 3125-2244
A editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos ou nas matérias assinadas. A reprodução do conteúdo editorial desta revista só será permitida com autorização da Editora ou com citação da fonte.
Todos os direitos reservados e protegidos pelas leis do copyright,
sendo vedada a reprodução no todo ou em parte dos textos
publicados nesta revista, salvo expresso
consentimento dos seus editores.
Padrão Editorial Eireli.
Consumidor Moderno ISSN 1413-1226

NA INTERNET
Acesse diariamente o portal
www.consumidormoderno.com.br
e tenha acesso a um conteúdo multiformato
sempre original, instigante e provocador
sobre todos os assuntos relativos ao
comportamento do consumidor e à inteligência
relacional, incluindo tendências, experiência,
jornada do cliente, tecnologias, defesa do
consumidor, nova consciência, gestão e inovação.

PUBLICIDADE
Anuncie na Consumidor Moderno e tenha
o melhor retorno de leitores qualificados
e informados do Brasil.

PARA INFORMAÇÕES SOBRE ORÇAMENTOS:
[email protected]