Recuperação de dívidas é sempre um farto delicado na sociedade de consumo. Diante das instabilidades socioeconômicas nos últimos anos, esse desafio em quitar dívidas segue sendo um dos mais pujantes no mercado brasileiro.
Entretanto, durante o ano de 2021, 54,5% das dívidas de consumidores inadimplentes foram recuperadas em até 60 dias após o mês de negativação, segundo o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian.
Ainda assim, segundo o indicador, esse número vem caindo, já que anteriormente as médias anuais foram maiores, de 57,2% em 2020, e 59,2% em 2019, revelando uma dificuldade crescente do consumidor brasileiro em eliminar essa pendência de sua vida financeira.
As dívidas contraídas no setor de Bancos e Cartões, bem como no de Utilities, também mostraram piora em relação aos últimos dois anos, apesar de liderarem os níveis de quitação.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, existem diversos fatores que tornaram o desempenho da média de recuperação de dívidas de 2021 o pior da série histórica.
“Os mesmos agentes que aumentam a inadimplência causam declínio à recuperação de crédito. No ano passado, os consumidores encontraram um cenário econômico instável, devido à pandemia, e inflacionado, com maiores taxas de juros e altos níveis de desemprego. Por isso, ficou muito mais difícil para a população organizar suas dívidas para tirar o nome do vermelho”.
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Dívidas acima de R$ 10 mil tiveram o melhor nível de recuperação
Ainda na análise da média anual, segundo o Serasa, o percentual de recuperação das dívidas negativadas que foram pagas em até 60 dias varia de acordo com o valor do compromisso financeiro.
O índice mostra que as dívidas de mais de R$ 10 mil tiveram o melhor nível de recuperação, com 67,2%.
“Os valores mais altos geralmente estão ligados ao financiamento de imóveis ou veículos, por exemplo, que possuem o bem como garantia. Ou seja, para não perder a aquisição os consumidores tendem a priorizar a regulamentação desses pagamentos”, explica Rabi.
O recorte por região revelou que, em 2021, o Sul registrou a melhor média percentual de recuperação de crédito, com 57,0%.
Em sequência estão Centro-Oeste (55,7%), Sudeste (54,2%), Nordeste (53,8%) e Norte (51,9%).
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Cinco plataformas que auxiliam no planejamento financeiro
Mais importante do que quitar dívidas é saber como não as contrair. Com os avanços da tecnologia, essa gestão financeira se tornou mais fácil de se organizar.
Abaixo elencamos cinco plataformas digitais que podem auxiliar no controle dos gastos.
Organizze
Para organizar seu gastos, colocar limites, evitar desperdícios e receber alertas de débitos você pode utilizar o Organizze. Este aplicativo utiliza gráficos e traz resumos de despesas. Pode ser usado tanto no celular como no computador. Tem uma versão gratuita e possui planos pagos também.
Mobills
Este aplicativo é um dos mais conhecidos. Com ele você gerencia transações financeiras de forma simples e objetiva. É gratuito, mas se você optar pela versão paga você pode fazer parte de um clube de benefícios.
Minhas Economias
Este planejador financeiro é 100% gratuito e bem completo. Sua interface traz exibições em gráficos e relatórios. Por meio do seu celular ou app, você pode controlar contas correntes, cartões de crédito, investimentos, financiamentos e até o dinheiro que leva no bolso.
Guiabolso
Esse app possui lançamento de despesas e rendimentos, além disso ele permite a contratação de empréstimos, fornecendo comparação de taxas. Se estiver na dúvida, ele permite a comparação de seu índice financeiro com outras pessoas de mesmo perfil que utilizam o app. Outra funcionalidade é que ele pode rastrear tanto o seu CPF como seu score.
Spendee
Se você já utiliza carteiras virtuais e criptomoedas conheça o Spendee. Ele aceita diversas moedas e emite alertas sobre suas transações. Ele também traz compartilhamento de dados (apenas com que é do seu convívio) e conecta contas bancárias e cartões de crédito. Sua interface é customizável e você pode até adicionar fotos aos seus gastos.
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