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Segunda mão com experiência de primeira: desvendando o novo mercado de usados

Segunda mão com experiência de primeira: desvendando o novo mercado de usados

Preço baixo, cuidado na seleção e atendimento ao cliente vêm transformando o ramo e atraindo diferentes tipos de público

É certo que a pandemia de covid-19 fez mais brasileiros consumirem produtos usados, mas o hábito vem se tornando comum na última década e estimulando a criação de novos negócios no ramo. Segundo um levantamento de 2021 do Sebrae, a abertura de estabelecimentos que comercializam produtos de segunda mão cresceu 48,58% em relação a 2020.

Para o Sebrae, essa é uma tendência mundial e o mercado de usados ainda tem espaço para crescer. Entre as mais de 2 mil empresas do segmento abertas no primeiro semestre do ano passado estão lojas de móveis, utensílios domésticos, eletrodomésticos, roupas e calçados, livros e revistas e até material de demolição.

Já faz tempo que brechós e lojas de móveis usados deixaram de ser estabelecimentos com objetos velhos ou fora de moda. É possível encontrar produtos de segunda mão de qualidade e para todos os bolsos. E, para que a compra seja tão satisfatória quanto a de um objeto novo, as empresas vêm transformando a experiência do cliente.

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Mercado de usados é benéfico para quem compra
e para quem vende

Apesar de a economia ainda ser o principal motivo pelo qual os consumidores buscam produtos usados, muita gente vem adotando esse hábito pensando na sustentabilidade. É o que revela uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em parceria com o Sebrae. Entre os entrevistados, 77% destacaram a economia de gastos no processo e 33% citaram a importância de consumir de forma sustentável e consciente.

De acordo com Regina Botter, general manager da OLX, o segmento de usados faz a economia circular. Em média, o brasileiro possui R$4.700 em produtos que já não usa mais em casa e em 2021 foram 220 bilhões de reais em transações realizadas na plataforma, um valor 25% maior que em 2020. “A pandemia acelerou a cultura tanto da compra de produtos de segunda mão quanto de olhar em casa os objetos que não são mais usados e que podem gerar uma renda extra”, destaca.

As principais transações realizadas na plataforma da OLX são com produtos eletrônicos, como celulares e computadores, mas os anúncios são diversos, incluindo de imóveis e veículos. Pensando em melhorar a experiência do cliente, inclusive, a OLX criou uma jornada específica para quem busca por carros usados, com filtros e etapas que facilitam a busca de acordo com o perfil do usuário.

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Tecnologia e inovação transformando a experiência de compra

Inicialmente funcionando como uma plataforma que apenas conectava vendedores e compradores, a OLX vem investindo em tecnologia para entregar uma melhor experiência na jornada de compra dos usados. Regina Botter conta que, há dois anos, a empresa iniciou um processo de compra mais segura, que pode ser realizado de qualquer lugar do Brasil, por meio da OLX Pay e Compra Segura.

“Usamos a tecnologia principalmente para promover a segurança de ambas as partes, oferecendo suporte, prevenção a fraudes e educando o consumidor a manter a negociação dentro da plataforma, para que cada etapa fique registrada. Por meio da inteligência artificial, identificamos comportamentos que fogem do esperado e aí então entramos em contato para pedir dados adicionais e confirmar a transação”, explica.

Foi a tecnologia também que fez com que Michelle Svicero, proprietária do brechó Suspire Shop, em Bauru (SP), desse o primeiro passo na economia circular e trouxesse inovação para o ramo. Tudo começou em 2011, garimpando looks em brechós da cidade como tarefa do curso de Moda.

“Comecei a compartilhar meus looks em um blog e não demorou para as seguidoras ficarem curiosas sobre os garimpos. Nada se falava sobre brechó na mídia, era algo mal visto, estigmatizado negativamente. Minhas seguidoras e amigas tinham vergonha de entrar em um brechó e as mais corajosas não encontravam nada ao visitá-los, porque naquela época não existia nenhum tipo de seleção ou carinho com os produtos. Até que um dia uma seguidora comentou que queria comprar a saia que eu estava usando em uma foto. Start! Foi aí que a chave virou e visualizei uma possibilidade de negócio”, relata.

A loja começou com um pequeno acervo de 30 peças selecionadas e, já nesse início, Michelle se dedicou sozinha a promover uma experiência do cliente diferente dos brechós comuns. As peças eram higienizadas, com etiqueta personalizada e vendidas online. Hoje, a Suspire Shop conta com um espaço de 300m² e um time de 10 pessoas.

Dos itens usados por preços simbólicos às peças de luxo

Uma vez que a economia é o principal motivo pelo qual os consumidores buscam produtos usados, Michelle Svicero decidiu unir os preços mais em conta à experiência de poder adquirir e usar roupas e acessórios de grife. Na Suspire Shop, é possível encontrar marcas como Michael Kors, Jimmy Choo, Gucci e Dolce&Gabanna. E, se procurar bem, tem até item que nunca foi usado com valor de brechó. As peças podem ser adquiridas tanto online, por uma consultoria no WhatsApp, quanto na loja física, cuja decoração e organização também são uma experiência à parte.

“Somos fãs de uma experiência além da compra. Queremos que nossa cliente tenha uma experiência emocional prazerosa, gerar momentos sensoriais agradáveis e únicos. Estes valores fazem parte da nossa estratégia humanizada, em cima de temas criativos que aguçam o tato, olfato, visão, audição e paladar. A nossa estrutura foi pensada para trazer conforto inclusive para os acompanhantes: Amplos sofás, cadeira de massagem, música boa, café quentinho e bolo fofinho: nós queremos que as pessoas se sintam em casa. Além disso, semestralmente temos eventos temáticos. Já transformamos a casa Suspire em circo, feira livre, tarde mexicana e muito mais”, diz a proprietária.

O público da loja é variado e o atendimento personalizado é oferecido tanto para quem quer comprar as peças quanto para quem quer desapegar do que tem em casa. “É possível vender as roupas que você já usou e receber em créditos para escolher outros looks, sejam eles novos ou second hand, à sua escolha. Essa maneira de consumo inteligente atrai todas as gerações e mescla as mais diversas classes sociais. Temos clientes que param com carros importados e outras que vêm de coletivo. Unimos mulheres diferentes em um único propósito: Comprar e vender de forma consciente”. Ou seja, na moda mesmo é comprar produtos usados, de forma consciente, independentemente do poder aquisitivo.

conarec2022

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