A opinião e a satisfação dos funcionários importam. Essa é a principal ideia do employee experience, conceito que busca deixar em evidência qual a percepção dos colaboradores sobre a empresa, assim como melhorar a experiência deles no dia a dia do trabalho. O resultado disso? Equipes mais motivadas e um trabalho mais inovador.
Mas, alguns anos após esse conceito ganhar força no mercado (principalmente entre as grandes e novas empresas), outro ponto ganhou destaque: a participação dos próprios colaboradores nas ações e uma voz ativa para sugerir mudanças e propor ideias em um movimento de cocriação do dia a dia profissional.
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Por que a employee experience é importante?
Employee experience pode ser traduzido para o português como experiência do empregado. Ou seja, refere-se a maneira como o colaborador enxerga sua vivência dentro da empresa. O termo começou a ser utilizado há alguns anos, quando se percebeu uma tendência na preocupação em como os funcionários enxergavam suas vivências no dia a dia de trabalho.
Esse conceito está relacionado, principalmente, à gestão de pessoas e, hoje, muitas empresas contam com setores especializados em employee experience para promover boas experiências para seus funcionários. Atualmente, busca-se muito além do que cuidar do bem-estar, mas também contribuir com o desenvolvimento pessoal e profissional daquele funcionário.
De acordo com a Great Place To Work, uma empresa que investe nessa área consegue, a longo prazo, construir uma cultura empresarial muito mais positiva, o que também é percebido pelo público externo e contribui com o employee branding da marca. Em outras palavras, a empresa passa a ser conhecida por ser uma boa empregadora, o que atrai investidores, chama atenção de clientes e fortalece a imagem da empresa.
Entre os objetivos de se investir em employee experience, é possível citar, de acordo com a Great Place To Work:
● colaboradores mais motivados e presentes no trabalho da empresa;
● cultura empresarial mais positiva;
● maior engajamento do colaborador;
● reputação corporativa (que já é considerado mais importante que o próprio salário);
● diminuição dos gastos com contratação;
● relação de confiança com colaboradores e consumidores;
● desenvolvimento da empresa como um todo pelo desenvolvimento dos profissionais individualmente.
Dessa forma, são vários os benefícios que uma empresa pode ter ao repensar a maneira de lidar e conviver com seu colaborador, levando em conta detalhes antes despercebidos. Uma maneira de potencializar ainda mais essas ações, segundo especialistas, é permitir que os colaboradores tenham voz ativa nessas decisões, promovendo uma cocriação entre empresa e equipe.
A cocriação com os colaboradores
A 99, empresa de transporte urbano, é uma que conta com um setor especial para ações para os colaboradores e cultura da empresa. Luciana Andreotti, Diretora de RH da 99, afirma que isso traz inúmeros benefícios, ainda mais por incentivarem a cocriação e a participação dos funcionários nisso. “Um dos nossos valores é exatamente a colaboração e, por isso, faz sentido construirmos todos juntos um bom ambiente para se trabalhar”, afirma.
Para ela, incentivar essa parceria reflete em todas as áreas da empresa, inclusive no trabalho em equipe. “Para isso, nós prezamos por ouvir frequentemente o que nossos funcionários têm a dizer. Nossa intenção é entendermos suas prioridades para sempre melhorarmos a empresa”, explica Luciana Andreotti.
Ter uma escuta ativa com o que os funcionários têm a dizer é um dos pontos mais importantes. Para a Diretora de RH, essa é a melhor maneira de entender as expectativas dos colaboradores, o que precisa ser mudado, o que está funcionando. Tudo isso, contribui para a cocriação entre empresa e profissional.
São várias as metodologias para se fazer isso, mas a profissional exemplifica com o caso da 99, em que realizam pesquisas individuais e em grupo. “Diversas iniciativas surgiram a partir desses fóruns, como a reestruturação de seções da intranet, implementação de fóruns sobre temas de RH, iniciativas de reconhecimento nas áreas, dentre outras ações que impactam toda a empresa”.
Um ambiente ouvinte e profissionais com a segurança de contarem suas ideias. Como criar isso? De acordo com a Diretora de RH, o que move as ações de employee experience e de cocriação é a cultura da empresa, que deve estar aberta a isso. Ou seja, a colaboração precisa ser um fator relevante para a empresa e fazer parte de sua organização. É um ciclo que fortalece a empresa.
“Um ambiente colaborativo requer uma cultura aberta, de comunicação transparente e feedbacks constantes. É importante que a empresa promova iniciativas que deem voz aos funcionários, que criem momentos de troca e reconhecimento entre seus colaboradores”, opina.
Melhorando a cultura da empresa
Com profissionais mais proativos não apenas em suas funções, mas também no ambiente da empresa, uma mudança significativa pode acontecer: a cultura organizacional pode mudar – para melhor.
A cultura de uma empresa é percebida diariamente pelos colaboradores e pode mudar a maneira como as pessoas interagem dentro de suas equipes. Pensar na experiência do colaborador nesse contexto salienta ainda mais a importância de uma cultura positiva, de pertencimento e de um ambiente de colaboração.
“O ideal é sempre que os funcionários tenham a melhor jornada possível, por isso, olhamos para a sua experiência desde o momento do seu primeiro contato com o time de recrutamento até o seu último dia na empresa. Esse olhar atento ao employee experience fortalece a conexão com a marca 99 como empregadora, gera acolhimento e reconhecimento com a cultura da empresa. Com isso construímos um time mais engajado, de alta performance e melhorando a retenção dos nossos talentos”, exemplifica Luciana Andreotti.
E tudo isso só é possível graças à diversidade de ideias, uma consequência, também, da diversidade de profissionais e de áreas. Uma ação para promover a inovação, de acordo com a profissional de RH, é reposicionar (ou fazer uma rotação) os colaboradores de tempos em tempos, para que todos levem suas experiências para outras áreas de trabalho. Isso é o que garante uma cultura organizacional cada vez mais aberta ao novo, inovadora e inclusiva.
“Quando se fala em cocriação e cultura empresarial, o mais importante é manter os canais de comunicação abertos, em mão dupla, e dar voz para que os profissionais possam se expressar, questionar e recomendar. Assim, conseguimos uma experiência cada vez melhor dentro da empresa”, opina a diretora de RH da 99.
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