Entre muitas outras coisas, a pandemia de covid-19 mostrou que tempos desafiadores exigem estratégias criativas. Por meio de soluções digitais esse potencial só aumenta. E mais: o período trouxe à tona que quem consegue utilizar a criatividade em momentos de inconstância, mudanças ou restrições, se dá melhor no mundo corporativo.
A afirmação poderia ser apenas uma constatação de quem passou e superou este período de crise mundial, mas ela é confirmada por alguns estudos. Segundo uma pesquisa da consultoria empresarial americana McKinsey & Company, por exemplo, as empresas que exploram criatividade e dados em conjunto crescem duas vezes mais do que as que não o fazem.
Já um levantamento realizado pela Adobe, chamado StateOfCreate, revelou que pessoas que se identificam como criativas possuem uma renda 13% maior do que as não-criativas. Aliás, são estes profissionais criativos os mais cobiçados no pós-covid. Pelo menos de acordo com um estudo feito pelo Future For Work Institute na Espanha, que confirmou ser a criatividade a característica mais demandada pelas empresas.
Para Adam Figueroa, diretor de marketing da Brandfolder, empresa de gestão de ativos digitais, nos últimos anos a criatividade se posicionou no centro do debate. Agora o desafio é saber utilizar as ferramentas corretas para colocá-la a favor do sucesso. Então, como fazer isso?
Criatividade exige soluções digitais e as ferramentas certas
“Sob a perspectiva dos negócios, a mudança nas empresas veio com novos processos e tecnologias que tiraram os profissionais criativos de demandas operacionais, deixando-os livres para ocupar mais do seu tempo com o que fazem melhor: criar e inovar”, fala o diretor de marketing Adam Figueroa.
Por isso, para ele é tão importante a utilização das ferramentas corretas, uma vez que é preciso aproveitar todo o potencial inovativo destes profissionais, que podem realmente fazer a diferença nas organizações.
Um exemplo de como empresas se beneficiam das ferramentas digitais certas vem justamente da pandemia. Em um momento de desafios sem precedentes, nunca ficou tão evidente a necessidade de uma organização interna para o melhor funcionamento de equipes que, muitas vezes, não mais se encontravam presencialmente.
A diretora de marketing na empresa Quicksilver Scientific de suplementos médicos e de saúde, Celeste Hawthorn, conta que no seu caso a desorganização não só estava custando um tempo precioso à sua equipe criativa, mas afetando os ritmos dos times de CX e suporte.
A desorganização passava por não-padronização nos nomes dos arquivos, dificuldade em encontrá-los, falta de comunicação entre colaboradores e, no geral, tinha como problema elementar estruturas internas que foram construídas ao longo do tempo sem uma visão mais ampla do futuro da empresa e seus departamentos.
Adam Figueroa explica, então, que frequentemente esta modalidade de “tédio previsível” impede o processo criativo de acontecer. “Quando um profissional gasta tempo precioso procurando um arquivo ou em um retrabalho, a frustação pode bloquear qualquer nova ideia”, diz.
A funcionalidade central destes sistemas é tirar tarefas monótonas e administrativas da mão dos criativos, para que estes possam priorizar projetos estratégicos
Agilidade criativa como vantagem competitiva
Uma vez que o tempo para criar e inovar é tão valioso, quaisquer instrumentos que ajudem a otimizar as demandas burocráticas nas equipes de trabalho é bem-vinda. Assim, soluções digitais acabam sendo aliadas para as empresas que desejam apostar na criatividade.
Sistemas de gestão de ativos digitais ajudam a reduzir a desordem digital, a estruturar arquivos, tornando-os mais acessíveis para todo colaborador que poderá se beneficiar deles em um processo de criação, e a possibilitar rápidas transições de modelos de trabalho.
Na pandemia, essa agilidade foi fundamental, uma vez que equipes inteiras precisaram ser deslocadas para o home-office de maneira muito rápida. Com sistemas que organizam o acesso aos ativos, é possível ser mais produtivo em qualquer ambiente, sem pausas para uma readequação.
“Além disso, investir na gestão de ativos digitais dá uma vantagem competitiva, pois possibilita que qualquer parceiro trabalhe com fácil acesso a tudo que precisa, empoderando os envolvidos e trazendo mais resultados no longo prazo”, fala o diretor de produto na Brandfolder, Jim Hanifer.
Ele ressalta que a funcionalidade central destes sistemas é tirar tarefas monótonas e administrativas da mão dos criativos, para que estes possam priorizar projetos estratégicos. Neste sentido, lista algumas características que devem estar presentes nesta nova organização, como interface intuitiva, capacidade de automação, prioridade à experiência do cliente e parceiros da marca e presença de segurança digital.
Leia mais: Omnicanalidade: como ir além do conceito e aplicá-la nos negócios?
Soluções digitais são bem-sucedidas em tempos de crise
Para a empresa Quicksilver Scientific de suplementos médicos e de saúde, a adoção de soluções digitais na sua área criativa foi um ponto de virada. Não só as equipes melhoraram em eficiência, economizando até cinco horas semanais antes gastas em tarefas dispensáveis, como começaram a se sentir mais confiantes em seu conhecimento do produto e no atendimento aos clientes.
Com a organização interna, eles ficaram mais preparados para encontrar a mensagem certa para falar com o seu consumidor-alvo. “Foi possível trazer à tona o melhor do nosso trabalho ao encontrar todas as informações associadas ao produto que precisávamos para elaborar campanhas em um repositório central”, fala a diretora de marketing, Celeste Hawthorn.
Outras empresas internacionais também apostaram em soluções digitais em tempos de crise. A companhia aérea JetBlue foi um caso, usando gestão de ativos digitais para criar histórias que se conectassem com os consumidores. O resultado foi a campanha “We’ve got a plane for that” (Nós temos um avião para isso), que buscava despertar o desejo de visitar pessoas e lugares novamente após a pandemia.
Já a Everlast, marca de equipamentos e roupas esportivas, por meio de soluções digitais conseguiu segmentar as demandas de diversos varejistas, distribuindo coleções de produtos diferentes a cada um de acordo com o perfil. As informações para a construção da estratégia foram coletadas usando gestão de ativos digitais.
“Hoje, todos precisam inovar cada vez mais rápido. Sem uma fonte confiável de informações e organização digital, fica difícil se manter competitivo”, conclui o diretor de marketing, Adam Figueroa, diante dos cases de sucesso.
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