Como podemos identificar uma cultura de educação corporativa dentro das empresas? O desafio é grande. E um deles reside na própria comunicação. Segundo alguns especialistas, vivemos a era da “infotoxicação”. Estamos imersos em uma quantidade enorme de informações e pouca efetividade em entender o que estamos de fato consumindo.
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O desafio para os profissionais em diversas áreas se configura em transformar essas informações em aprendizado. E as organizações? Como esses importantes pilares do desenvolvimento podem – e devem – estar conectadas com essa jornada de educação dentro das suas operações no seu dia a dia?
Foi pensando nesse espaço mais amplo do aprender, sobre o aprendizado nos ambientes de trabalho, que a escola corporativa Sputnik identificou 4 tendências para a educação corporativa.
4 tendências em educação corporativa
1- Power skills e o aprendizado constante
Segundo análise do Mckinsey Global Institute, a respeito dos tipos de empregos que serão extintos e criados, 56 habilidades foram identificadas, entre elas tecnológicas, sociais, emocionais e cognitivas superiores. Capacidades estas que levarão a mais empregabilidade, salários maiores e maior satisfação com o trabalho. Diante disso e de um contexto super tecnológico, é impossível pensar que apenas uma formação dará conta de nos manter no mercado.
Num contexto super tecnológico, é impossível pensar que apenas uma formação dará conta de nos manter no mercado
“Falamos muito de lifelong learning, mas como enfrentar isso na prática? Para além de hard ou soft skills, é tempo das empresas repensarem de que forma essas habilidades podem ser constantemente desenvolvidas pelos profissionais. Na Sputnik, acreditamos que esse deve ser um processo fluido e multidisciplinar, que faz parte da cultura da organização e que vai manter o profissional aprendendo ao longo de toda sua vida”, explica Mariana Achutti, CEO da Sputnik.
2- Culturas de aprendizagem – no plural
Uma organização viva é feita de pessoas e pessoas são plurais. Para consolidar uma cultura de aprendizagem dentro de uma empresa é preciso lembrar que aprender é um processo muito pessoal, por mais que se dê de forma coletiva. Sendo assim, uma cultura engessada e imutável não irá funcionar.
Lideranças têm um papel essencial: são responsáveis por estimular que esse aprendizado seja constante
Pensar em mais de uma cultura é abrir espaço para diferentes formas de ensinar e aprender, é possibilitar que haja flexibilidade e diversidade de experiências e caminhos. Dentro desse processo, as lideranças têm um papel essencial, já que são responsáveis por estimular que esse aprendizado seja constante e que as práticas sejam mantidas e estimuladas.
3- Meta-aprendizado
Ser protagonista do processo de aprendizagem é outra parte essencial do desenvolvimento, para que os profissionais diversifiquem o que aprendem e onde aprendem.
“O papel das companhias diante disso é o de construir estratégias para sustentar e nutrir uma cultura de aprendizagem que incentive e dê ferramentas para isso. Afinal, toda e qualquer organização deve se tornar uma escola no futuro”, ressalta Mariana Achutti.
Devemos construir estratégias para sustentar e nutrir uma cultura de aprendizagem
4- Espaços seguros de troca
É importante que as organizações promovam e estimulem ambientes de confiança onde a vulnerabilidade é vista como potência, e não como fraqueza. A partir desse estímulo, os profissionais se sentem mais motivados a investir em autoconhecimento, aceitam melhor os seus erros e passam a ter menos receio de pedir ajuda. “Precisamos cada vez mais de profissionais, gestores e lideranças que sejam facilitadoras, que valorizem a vulnerabilidade, e também a comunicação empática e não violenta”, pontua Mariana Achutti.
Precisamos cada vez mais de profissionais, gestores e lideranças que sejam facilitadoras
De fato, para que os ambientes corporativos se tornem também um local de aprendizado e construção de conhecimento, é necessário repensar toda a cultura de uma organização. Desde a alta liderança, passando por todos os níveis, é necessário que nesse processo faça sentido para a organização que o conhecimento circule e se adapte às mudanças e aos desafios diários. É através da troca que produzimos o nosso melhor.
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