Correspondendo ao carinho que o brasileiro tem com o WhatsApp, a Meta lançou nesta quinta-feira,17, em São Paulo novas funcionalidades exclusivas para negócios no WhatsApp Business Summit. Compras e vendas poderão ser feitas totalmente dentro do WhatsApp, promovendo mais fluidez na jornada do cliente e agregando mais valor aos negócios.
O Guia de Negócios é uma nova ferramenta em que os usuários poderão encontrar produtos e serviços dentro do próprio aplicativo, sem a necessidade de utilizar vários apps diferentes, um para a busca, outro para o relacionamento e mais outro para o pagamento. O recurso, que estava em fase de testes somente na cidade de São Paulo, passa a funcionar em todo o Brasil. Basta clicar no ícone de iniciar uma nova conversa e procurar o ícone de empresas. Já o recurso de pagamento para negócios está em roll out, e já conta com a participação dos adquirentes Cielo, Fiserv, Getnet, Mercado Pago e Rede para a realização do pagamento dentro do zap.
As novas funcionalidades foram anunciadas por Mark Zuckerberg no WhatsApp Business Summit, a primeira conferência de negócios da plataforma no Brasil. “O objetivo final é poder fazer tudo dentro do WhatsApp, por isso a expansão do recurso de Guia para todo o país e o início dos testes de pagamentos. Isso significa que as pessoas poderão encontrá-lo e comprar de você dentro do WhatsApp”, disse Zuckerberg em mensagem em vídeo durante a apresentação.
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O presente do negócio é conversacional
Segundo pesquisa da Kantar, 7 em cada 10 brasileiros querem se comunicar com empresas por mensagens, e pelo menos 85% se sentem mais conectados a um negócio quando podem se comunicar dessa forma. Se as pessoas preferem fazer negócios como conversam, a capacidade de organizar relacionamento, catálogos, carrinho de compras e agora pagamentos em um super app que mescla serviços com mensageria, oferece aos negócios de todos os tamanhos e funcionalidades novas possibilidades de relacionamento com o cliente.
“O que estamos trazendo hoje é a oportunidade de evitar a quebra da experiência com a saída do WhatsApp para outros ambientes digitais”, explica Guilherme Horn, head do Whatsapp para a América Latina.
A integração do ecossistema de pagamento dentro do WhatsApp é vista pela empresa como uma evolução da comunicação do e-commerce. Segundo Horn, mesmo que a pandemia tenha dado impulso ao comércio online, “não incluiu o relacionamento de confiança que os encontros presenciais promovem”, e o papel do WhatsApp é promover essa conexão.
Por isso a sinergia da tecnologia com o pessoal é o que Horn define como a nova era dos negócios na mensageria, “ao humanizar o e-commerce e devolver a interação pessoal. Não é mais uma tendência emergente, mas uma realidade para empresas de todos os tamanhos”, afirma o diretor Latam do mensageiro.
“Acreditamos que as pessoas devem poder fazer coisas diretamente dentro do WhatsApp”, Matthew Idema
Visitando o Brasil pela segunda vez, o vice-presidente de Business Messaging da Meta, Matthew Idema, destaca a relevância do Brasil para o grupo, especialmente pelo relacionamento com o WhatsApp, ao que ele define como um estilo de vida.
“Quando estive aqui, há cinco anos, fiquei louco com o grau de adesão ao app e como as pequenas empresas já usavam o WhatsApp para fazer negócios. Sempre pensamos que algum dia elas poderiam gerir os negócios pelo WhatsApp, e chegamos quase lá”.
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Idema aponta três itens que compõem a receita de sucesso para quem quiser entrar no WhatsApp Business para levar seus negócios a um novo nível conversacional.
– Direcione clientes para o WhatsApp
Ofereça utilidade nos serviços, por exemplo atualizações constantes de produtos e serviços e customer servisse atencioso
– Crie uma experiência valiosa para o consumidor
Conversar com o consumidor e facilitar a jornada dele para que ele queira se relacionar e fazer negócios dentro do app
– Permita que eles comprem de você:
Ative o marketing, recomenda o VP de Business Messaging: “consumidores respondem muito bem à abordagem pelo WhatsApp quando o engajamento é eficiente”
Brasil é prioridade
O WhatsApp considera que o Brasil tem um traço fortíssimo de comunidade, e a mensageria mudou a expectativa dos consumidores em relação às empresas de forma definitiva.
Para divulgar as novas funcionalidades, ads no Facebook e no Instagram indicarão quais as marcas já estão disponíveis no WhatsApp. O foco dos novos recursos é contribuir com a expansão dos pequenos e médios comércios. São seis milhões de pequenas e médias empresas no Brasil, responsáveis pela geração de 52% dos empregos do país.
Elas já utilizam o WhatsApp com uma desenvoltura única no mundo para manter e fortalecer seus negócios, destaca o head do WhatsApp no Brasil. “O que os pequenos negócios fizeram com o WhatsApp no Brasil é algo inédito, a forma como eles usaram o WhatsApp para sobreviver na pandemia fez os pequenos migrarem para o mundo digital”.
O único outro país em que as funcionalidades já estão disponíveis é na Índia, onde é possível fazer pesquisas e negócios dentro da plataforma, que não está distante de se tornar um superapp.
Como quem sabe faz ao vivo, a estreia da ferramenta de pagamento foi feita no palco do WhatsApp Business Summit, com uma compra da Grasi, da Collie Acessórios. Intituiva, rápida e autenticada, a compra foi realizada em instantes, com a notificação de todas as etapas do processo instantaneamente.
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O WhatsApp pode estragar o WhatsApp?
Uma das perguntas que veem à mente é se a expansão dos recursos do mensageiro onipresente na vida dos brasileiros não vai estragar a relação com ele. Misturar o grupo da família, o da zoeira nesta migração de um modelo mais conversacional para funcionalidades mais transacionais vem com o risco de prejudicar um modelo de aplicativo que caiu no gosto do brasileiro pela sua simplicidade e objetividade, ao misturar propaganda e aos negócios.
Esse cuidado não passa batido para o Whatsapp, que orienta as empresas sobre a abordagem dos consumidores, e é enfático em relação ao cumprimento da regulação de opt in. “Essa é uma grande preocupação que temos porque o WhatsApp só converte como ferramenta porque ele é relevante para as pessoas. Orientamos as empresas em relação a alguns itens de boas práticas, como não mandar mensagens demais, afinal quem quer ficar recebendo mensagens irrelevantes? Pedir licença é importante, a frequência de mensagens é altamente importante, até o conteúdo e principalmente a personalização”, enumera Horn.
Além de recomendação de boas práticas, a Meta trabalha com índices de qualidade para os negócios que operam com a plataforma. Os dados de denúncias e bloqueios são monitorados, e o usuário estimulado a avaliar a interação se não for do interesse dele. Segundo Horn, esse poder sempre vai estar na mão do usuário. Isso se traduz em dados de qualidade que reportamos aos comerciantes. “É uma preocupação enorme que a gente tem. O WhatsApp não pode virar um espaço de spam como é o e-mail hoje, senão ele vai deixar de ser relevante para nós usuários para a gente trocar mensagens com amigos e familiares”, finaliza o head do mensageiro na América Latina.
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