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Só 21% das empresas têm cibersegurança como prioridade no orçamento

Só 21% das empresas têm cibersegurança como prioridade no orçamento

Estudo da Mastercard mostra que as redes sociais são consideradas as instituições menos confiáveis pelos usuários

Ataques cibernéticos são um problema bastante sério para as empresas, visto que podem causar reparos caríssimos e comprometer a segurança de funcionários, consumidores e mesmo da própria companhia. E, com o avanço da tecnologia, cada vez mais esses ataques causam prejuízo: 57% das empresas brasileiras são alvos de fraudes e ataques digitais com alta ou média frequência, de acordo com estudo da Mastercard, feito em parceria com o Instituto de Pesquisa Datafolha. É algo que se resolve, em partes, com o investimento na cibersegurança.

Intitulada como “Barômetro da Segurança Digital“, a pesquisa conta com setores da Educação, Financeiro e Seguros, Tecnologia e Telecom, Saúde e Varejo. Como resultado, reconheceu que embora haja uma grande porcentagem de empresas que são alvos, apenas uma minoria possui uma área própria de cibersegurança: 32%.

“Investir em cibersegurança é importante para trazer confiança para gestão dos negócios e credibilidade diante de clientes e parceiros. Hoje, mais do que nunca, os consumidores desejam interações simples, rápidas e seguras com quem se relacionam online. Por isso, cabe às organizações endereçarem este ponto internamente”, destaca Estanislau Bassols, gerente geral da Mastercard no Brasil.

Uma visão incompleta para a cibersegurança

Ainda que uma pequena parte tenha, de fato, uma área dentro da empresa destinada à cibersegurança, a grande maioria (80%) das empresas de todos os setores acredita que a segurança em meio digital é importante. O que chama a atenção é a prioridade orçamentária: 39% dessas empresas destaca que a cibersegurança não é uma prioridade no orçamento.

Outro destaque interessante apontado pela pesquisa é que a maioria das empresas afirma ter um plano de resposta a um possível ataque cibernético, mas apenas um terço delas fez, de fato, algum teste preventivo nos últimos três meses antecedentes à pesquisa.

Quanto ao investimento em uma área destinada à cibersegurança, os setores que mais investem são o de Tecnologias e Telecom (54%), seguidos por Financeiro e Seguros (42%), Varejo (30%), Educação (29%) e Saúde (23%).

“Na pandemia, as tendências de digitalização se aceleraram. Algo que estudamos com a Barone’s Institute é que a quantidade de esquemas novos de fraude criados por dia é na ordem de 100. E estamos falando de esquemas de fraudes, não as fraudes propriamente ditas. É algo que cresce de forma exponencial”, destaca Estanislau.

O estudo também destacou quem são os profissionais envolvidos na cibersegurança das empresas: 78% delas contam com um profissional de TI para essa prevenção, tendo em vista que os setores com maior empenho na contratação de profissionais da área são o Financeiro e Seguros e Tecnologias e Telecom. Como mostra o gráfico a seguir:

cibersegurança
Contratação de Profissionais de TI | Crédito: Mastercard

Setores com maior incidência de fraudes

A pesquisa analisou quais são os setores que mais sofrem com ataques cibernéticos e dividiu a intensidade em cinco categorias: “alta frequência”, “média frequência”, “baixa frequência”, “não são alvos” e “não sabe”. Assim, os resultados mostram que as duas áreas que mais sofrem com ataques são a de Financeiro e Seguros, assim como Tecnologias e Telecom — ambos os setores que também investem mais em uma área exclusiva para cibersegurança, assim como em profissionais de TI.

Já o setor de Saúde — que entre os setores pesquisados é o que menos investe em uma área dedicada — sofre uma porcentagem importante de ataques com alta frequência (28%), seguido pelo Varejo (23%) e Educação (11%).

Frequência de ataques cibernéticos para cada setor | Crédito: Mastercard

O estudo também destaca que apenas 21% das empresas têm a cibersegurança como prioridade máxima em seus orçamentos.

As maiores dificuldades

Segundo a pesquisa, a maior dificuldade gira em torno da conscientização dos profissionais sobre o assunto. Além disso, há um desafio em encontrar profissionais da área que sejam qualificados para a gestão de um sistema de segurança.

“Uma das maiores preocupações que as empresas enxergam na cibersegurança é a dificuldade de encontrar profissionais qualificados. Essa pesquisa foi feita em um ponto do tempo no qual a pandemia não tinha tanto efeito e nota-se que essa já era uma preocupação”, explica Estanislau.

Nos setores de Tecnologias e Telecom (59%), bem como no Varejo (44%), essa dificuldade aparece como uma das principais. E esse é um retrato fidedigno do mercado de tecnologia no Brasil, visto que o país tem um gargalo de profissionais da área.

Outro dificultador apontado pelas empresas é a dificuldade de encontrar parceiros para treinamento de segurança digital voltado a todos os níveis de negócio da empresa, problema encontrado com maior frequência no setor de Tecnologia e Telelecom (45%) e Saúde (39%).

Dificuldades encontradas para estabelecer a cibersegurança dentro das empresas | Crédito: Mastercard

Como fica o consumidor com tudo isso?

A pesquisa da Mastercard também analisou o comportamento do consumidor em relação à cibersegurança e chegou à conclusão de que as redes sociais são consideradas as instituições menos confiáveis aos usuários, enquanto hospitais, clínicas de exames médicos, escolas e faculdades são as mais confiáveis a eles.

Ou seja, ainda que os setores de Saúde e Educação sejam os que menos investem em cibersegurança, eles ainda são vistos como mais confiáveis.

“A gente está vivendo um momento importante de digitalização, o que significa que todos nós, pessoas, usuários, clientes, queremos ter — ao mesmo tempo —, um melhor user experience (UX), mas nenhum de nós quer abrir mão de segurança. O objetivo é focar nessa segunda parte”, complementa Estanislau.


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