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Como a sustentabilidade tem influenciado o varejo de vestuário

Como a sustentabilidade tem influenciado o varejo de vestuário

Com temas sustentáveis cada vez mais discutidos, consumidores e marcas varejistas adotam, respectivamente, novos formatos de compra e venda

Você, alguma vez, já imaginou que questões sustentáveis poderiam influenciar o varejo de vestuário? Se a resposta for sim, de que forma isso ocorreria? Bom, independente da sua argumentação, as novidades são boas, e a sustentabilidade tem influenciado, e muito, o segmento varejista, principalmente o de vestuário. Contudo, a pergunta que fica é: de que forma isso vem ocorrendo?

Nos últimos anos, os temas sustentáveis têm sido debatidos tanto em esferas públicas quanto privadas e, como consequência desses debates, a temática se aproxima cada vez mais do público e de grandes empresas, no qual ambos, gradativamente, têm adotado conceitos ecológicos, ambientais e sociais para o dia a dia.

Mudanças nas práticas de consumo como um fator decisivo

Os avanços tecnológicos, o aumento do discernimento ecológico e principalmente o momento pandêmico fizeram com que a população começasse a realizar pequenas mudanças em seus hábitos de consumo, conscientizando-se, cada dia mais, sobre a importância de uma aquisição prática, racional e que respeite a sociedade e o meio ambiente.

Segundo um mapeamento da Economist Intelligence Unit (EIU), realizado em 2021, a busca na internet por produtos sustentáveis cresceu 71% nos últimos 5 anos. O estudo também apontou que, no Brasil, nesse mesmo período, os tuítes relacionados ao assunto aumentaram 82%.

Já uma pesquisa feita pela empresa Shopify, denominada Futuro do Comércio, mostrou que 53% dos entrevistados preferem comprar itens que respeitem os critérios de sustentabilidade e, caso as mercadorias sejam ecológicas, 75 % deles estão dispostos a pagar a mais.

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Reaproveitar é a nova tendência

Mas além dessa questão do gosto por marcas e itens sustentáveis, o público também tem investido em outras formas de consumo consciente, como a compra de itens de segunda mão.

De acordo com um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), no Brasil, entre os primeiros semestres de 2020 e 2021, houve um crescimento de 48,5% na abertura de estabelecimentos que comercializam mercadorias já usadas. Apenas nos primeiros seis meses de 2021, foram inauguradas 2104 empresas desse segmento. Já no primeiro semestre de 2020, esse número foi de 1416.

Conforme a mesma pesquisa do Sebrae, as inaugurações desses comércios, verificado entre os semestres iniciais de 2020 e 2021, é o maior em seis anos. Tal estudo diz respeito a produtos usados no geral. Entretanto, no meio dessas vendas de mercadorias de segunda mão, o mundo do vestuário se destaca. Segundo uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, em 2019, entre todos os itens usados comprados por brasileiros, roupas e calçados ficaram em segundo lugar, perdendo apenas para celulares e eletrônicos.

Por fim, outra medida da população para seguir um conceito de consumo e vida mais sustentável é o reaproveitamento do próprio vestuário, através da customização. Essa técnica, chamada Upcycling, existe desde 1994, porém, seu sucesso e repercussão está muito atrelado aos dias atuais.

Leia mais: Sete marcas que buscam reutilização (upcycling) de materiais 

A resposta assertiva do varejo de vestuário às novas demandas dos consumidores

Já falamos como os consumidores estão mais conscientes sobre a aquisição de produtos, entretanto, uma nova pergunta é: como o varejo de vestuário tem respondido a essas demandas?

Em primeiro lugar, grandes marcas têm investido em uma produção que respeite o meio ambiente, com a redução do uso de recursos naturais e a priorização de materiais e processos que diminuam o impacto ambiental. Nesse caso, boa parte dessas empresas optam por utilizar tecidos de fibras orgânicas, como algodão orgânico e bambu.

Em segundo lugar, o segmento varejista tem recorrido a uma nova espécie de comercialização sustentável, como o aluguel e venda de peças já usadas, algo parecido com um brechó, mas com algumas diretrizes mais modernas.

No Brasil, essa forma de comércio pode ser vista no primeiro hub de re-fashion do país, inaugurado em Ipanema, no Rio de Janeiro, no final de 2021. A iniciativa da Closet BoBags (plataforma de curadoria para aluguel e compra de itens de moda de segunda mão) conta com um ambiente de 550 m², além de uma loja on-line. Semanalmente, esses dois espaços exibem diversas novidades de roupas e acessórios.

O hub, que marca o encontro do moderno com o sustentável, proporciona uma experiência única ao público. Através dos computadores da loja, os clientes podem experimentar e fazer checkout das peças. Além disso, os mesmos ainda podem alugar e comprar itens já usados, e deixar seus looks antigos para vistoria e análise no local.

Mediante a tantas novidades na produção e comercialização do setor de vestuário, é perceptível verificar que mudanças ecológicas e sociais estão sendo empregadas. Com isso, podemos afirmar que, além de conquistar os consumidores, tais atitudes varejistas também adentram aos critérios da economia circular e respeitam os conceitos de ESG (Social and Corporate Governance), traduzido como Governança Ambiental, Social e Corporativa.

Leia mais: Sustentabilidade: por que ainda é difícil ganhar escala no mercado? 

A importância da sustentabilidade no segmento varejista

Através desse artigo, foi possível observar a influência da sustentabilidade no ramo varejista de vestuário. Entretanto, a última pergunta que fica para os nossos leitores é: por que os parâmetros sustentáveis são tão importantes para esse segmento?

Nesse caso, as notícias não são boas, isso porque a produção de roupas e acessórios vem impactando de forma severa a natureza. Por isso, atitudes que defendam a ecologia e a sociedade são fundamentais para tentarmos reverter a situação.

De acordo com um ranking da ONU Meio Ambiente (Agência da Organização das Nações Unidas), a indústria têxtil está em segundo lugar como o setor que mais consome água e produz resíduos no mundo. Ainda por meio desse ranking, a ONU Meio Ambiente evidencia que 10% do total de emissões de gases-estufa estão ligados a confecções de roupas. E para piorar toda a situação, tais peças, que custam tão caro para a natureza, são descartadas de forma errônea em aterros e lixões. O relatório da agência governamental estima que 500 bilhões de dólares são perdidos todos os anos com esses descartes.

Por meio desses números tão assustadores, foi fácil perceber o porquê da sustentabilidade ser tão importante para o varejo de vestuário, não é mesmo? Então, que tal você também repensar seus conceitos e fazer parte dessa tendência que auxilia o planeta?

*Por Agnes Faria 

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