O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli pediu que o Governo Federal e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) expliquem o reajuste de 15,5% anunciado para os planos individuais – e que podem impactar quase 9 milhões de pessoas.
O pedido foi feito pelo partido Rede Sustentabilidade. Entre outros argumentos, o partido afirma que a ANS anunciou o maior reajuste em 22 anos. Até então o recorde era de 13,54%, em 2016.
Além disso, segundo explica o partido, a alta foi de 70% acima da inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Acumulado de 542% em 22 anos
O partido ainda analisou a inflação médica acumulada desde 2000. E o resultado mostra que os planos de saúde e inflação oficial cresceram em ritmos bem diferentes.
“Fazendo-se a totalização dos dados de reajustamento, é de se dizer que os planos de saúde individuais subiram, desde 2000, 541,96%, ou seja, um plano de saúde que custasse R$ 100 em 2000 custará R$ 641,96 hoje”, afirma o partido.
A Rede ainda somou o acumulado do IPCA desde 2000 e comparou com o reajuste dos planos. “O IPCA acumulado é da ordem de 319,71%, ou seja, R$ 100,00 de 2000 valem, atualmente, R$ 419,71. Trata-se de um acúmulo maior em cerca de 70%. Assim, é bastante evidente que a dita inflação da saúde vem pesando muito no bolso dos brasileiros há algum tempo — é cerca de 70% mais alta do que a inflação oficial —, sendo que 2022 foi certamente o ápice, com o reajuste histórico.” , argumenta o partido na defesa.
O prazo para resposta vence em 5 dias.
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