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Inovação aberta e internacionalização: relações que geram impacto e oportunidade de crescimento

Inovação aberta e internacionalização: relações que geram impacto e oportunidade de crescimento

Ferramenta essencial para as empresas, a inovação aberta acelera processos, ligando o ecossistema externo a uma corporação.

Para falar sobre este tema no Conarec 2022, a convidada é Renata Ramalhosa, CEO e cofundadora da Beta-i Brasil, consultoria global de inovação colaborativa, que atua há 12 anos estimulando o ecossistema de inovação aberta e empreendedorismo.

“A temática de hoje é muito interessante porque a inovação aberta é uma ferramenta essencial para as empresas. Todos já entenderam que o mercado está mudando, e as empresas precisam trazer novas funções, novos modelos de negócios, digitalização, desafios com uma agenda ESG, e claramente não conseguem resolver de uma forma ágil, de uma forma rápida. Portanto, mantendo essa conexão com o ecossistema externo, chamado de inovação aberta, é possível acelerar esses processos dentro da empresa”, exemplifica a CEO.

Segundo Renata Ramalhosa, o conceito de inovação aberta surgiu nos anos 90, e hoje em dia tem vivido uma grande evolução. “Por exemplo, nós na Beta-i já chamamos de inovação colaborativa, porque além de ser uma inovação com ecossistema externo, ela exige uma colaboração muito forte e um entendimento muito grande entre aquilo que é uma grande empresa e aquilo que é uma pequena empresa, uma startup.

Portanto, essa adaptação, essa ligação entre o ecossistema externo e uma empresa, ela exige de medidas colaborativas muito fortes de forma que o resultado final seja de impacto para uma empresa mas também para uma startup ou um empreendedor ou para qualquer outra instituição que veja nessa relação uma oportunidade de crescimento”, esclarece.

Confira a cobertura completa do Conarec 2022

Internacionalização dos negócios

Com o início das operações da Beta-i no Brasil em 2019, a executiva cita diversos cases no país e também no mundo, desde desafios mais digitais até desafios de deep tech mais disruptivos, mas que de qualquer forma permitiram acelerar a mudança dentro das empresas através de uma conexão com o ecossistema externo. E para permitir que isso aconteça, é preciso fomentar a internacionalização.

“A internacionalização é um desafio muito interessante. Eu sou Portuguesa, e quem nasce em Portugal, geralmente tem que pensar o mundo. Isso porque, Portugal, ao contrário do Brasil, é uma país com 10 milhões de habitantes, muito pequeno, e portanto, qualquer empresa, startup ou empreendedor tem que nascer com uma mentalidade global e pensar em quais conexões possam ter com o mundo e que possam potencializar o meu produto ao mercado global”, explica a executiva.

Isso não é tão comum no Brasil, explica Renata Ramalhosa, embora, segundo ela, nós estejamos vendo um crescimento cada vez maior, principalmente com o sistema de startups, o mais comum é que em um país com essa dimensão, os olhares fiquem mais para dentro, entre os estados, do que propriamente para fora.

“Nós estamos vendo uma tendência muito grande de querer ir pra fora, de perceberem que o seu produto ou serviço pode ser cada vez mais competitivo se eu responder às diferenças que este mundo nos traz, diferenças regionais, regulamentares que existem em várias regiões do mundo, até dos mercados mais ou menos competitivos. Portanto, a internacionalização traz o aprendizado que vai fazer com que a startup e o empreendedor sejam cada vez mais astutos e estejam, cada vez mais, preparados para continuar a inovar o próprio produto e trazer uma melhor solução ao mundo empresarial”, afirma a CEO da Beta-i Brasil.

Inovação aberta e o case Free Electrons

Imagine que uma empresa brasileira esteja procurando uma solução que se encaixe melhor com o seu problema. Contudo, ela pode não encontrar essa resposta no ecossistema onde atua, ou seja, pode não encontrar no Brasil. Isso implica que vai haver uma oportunidade de trazer startups de outros ecossistemas globais, de outras regiões do mundo, para vir trabalhar com essa empresa brasileira no Brasil, e isso é uma oportunidade de internacionalização que a inovação aberta traz.

“Quando a gente trabalha com programas globais – e nós temos vários programas globais – por exemplo, um deles na área de energia, é o Free Electrons, que está em 10 empresas elétricas de todo o mundo, desde a China, Dubai, Japão, EUA, Europa e Brasil, que pelo sétimo ano consecutivo trabalha em conjunto para entender os desafios do setor de energia. Então, isso é uma oportunidade incrível para startups brasileiras poderem concorrer a esse programa, que é um programa de inovação aberta, ou seja um programa que olha os desafios das várias empresas do consórcio Free Electrons, traduz esses desafios para uma chamada global de startups que tenham o fit com aqueles desafios para poderem concorrer a desenvolverem pilotos com essas corporações”, diz Renata Ramalhosa.

“Há depois, obviamente, uma seleção dessas startups, que tem a ver com várias questões, principalmente com o fit do produto, com o desafio identificado, com a empresa, mas também se a startup quer se internacionalizar. Portanto há um crivo, um funil com uma série de critérios que vai permitindo escolher aquela startup que tem vontade de trabalhar em inovação aberta com a corporação”, completa.

A executiva explica que depois desse crivo, é feita a definição de quais são as startups que vão desenvolver pilotos com as corporates. Nesse caso são dez, o que é complexo, mas também uma boa oportunidade para uma startup brasileira poder trabalhar com uma empresa de águas e energias em Dubai, Hong Kong, Portugal, etc. É uma chance única que o programa global de inovação aberta traz.

“Esse é um momento muito importante, porque ao contrário de uma internacionalização de uma empresa grande, ou até mesmo de uma empresa de médio porte, a startup é pequena e frágil, e é preciso ter muito cuidado com os passos que dá. A internacionalização pode ser fatal para a sobrevivência da empresa. Então com o piloto eu permito um soft landing da startup, ou seja, uma aterrissagem suave no ciclo de negócios muito interessante com o potencial do cliente que é corporate”, explica Renata Ramalhosa.

Segundo a executiva, na Beta-i, muita atenção é focada na etapa do piloto. São normalmente três meses de trabalho entre a unidade de negócio de corporate com a startup e isso vai fazer com que se crie um espírito colaborativo. Para a startup é uma oportunidade de testar seu produto com baixo risco. É comum que esses pilotos sejam pagos pelas corporates, permitindo o teste em outros mercados, o que cria uma oportunidade de internacionalização para startups.

“E quando falo dessa área de energia, já existem muitas startups brasileiras que fazem parte do Free Electron e se beneficiam desse ecossistema global, permitindo aumentar o network, testar o seu produto e serviço, e também se não der o resultado esperado, entender quais aprendizados que existiram na jornada para conceder que essa startup fique mais robusta para entrar em outros projetos”, atesta Renata Ramalhosa.

“Então eu diria que a inovação aberta proporciona oportunidade de trazer startups de todo o mundo para o Brasil, como também startups brasileiras concorrerem a programas de inovação aberta de corporates de todo o mundo”, complementa.

Para a CEO da Beta-i Brasil é preciso estar atento e saber bem com qual corporate trabalhar. Com a estrutura mais enxuta das startups, é preciso foco, equipe e investimento financeiro, sendo assim, é muito importante que a empresa saiba qual projeto ela quer desenvolver para concorrer a esses programas de inovação aberta.

Os ecossistemas têm que ser abertos, pois só assim conseguem trazer as melhores soluções para o país, para a sociedade e para o planeta. Para a startup, a inovação aberta e a internacionalização permitem que ela cresça de forma sustentável para um mundo cada vez mais globalizado.

“A startup deve se preparar para ir para fora, aproveitar esses programas como soft landing para testar outros mercados e usar esses programas para ter os seus primeiros clientes, seus primeiros parceiros que lhes permitam que essa internacionalização seja feita de forma suave, com menos riscos e com maior impacto”, diz Renata Ramalhosa.

“Por parte das corporates, é igualmente interessante porque ela precisa das melhores soluções que estão a ser desenvolvidas em todo mundo e portanto deve abrir os seus desafios ao ecossistema global e aceitar startups de outras geografias que podem trazer impactos maiores aqueles que são os seus desafios e suas dores”, conclui a CEO.


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