Uma parceria entre Tramontina e Braskem está colocando no mercado as primeiras cadeiras feitas de plástico reciclado. A partir da venda de material reciclado pela Braskem, a Tramontina produz a cadeira que também se torna reciclada no chamado ciclo consciente ou economia circular.
O plástico tem origem nos sacos anteriormente utilizados pela petroquímica no transporte de resinas de uso interno. Já a matéria prima é reprocessada e transformada em plástico reciclado.
A estimativa inicial é de uso de cerca de 600 toneladas de plástico reciclado por ano para produção de três modelos diferentes, nas cores preto e marrom. Com teste estático e de impacto, o projeto garante a segurança do produto em processo de alta tecnologia e procedência garantida.
A novidade pode ser conferida nas lojas próprias da marca. Nos pontos de venda, o produto será identificado pelo selo da Plataforma Wecycle, que certifica sua origem a partir de plástico reciclado. O preço das cadeiras também será alterado a partir da nova versão, com custo mais barato se comparado à linha normal.
“Nosso foco é a sustentabilidade que acompanha a trajetória da Tramontina há 108 anos. Consumidores que optarem pela compra deste produto poderão ter a certeza não apenas de ganhos para o lar, mas para o meio ambiente como um todo”, afirma Rui Baldasso, diretor comercial da Tramontina.
A iniciativa se insere na plataforma Wecycle criada pela Braskem em 2015, que busca fomentar negócios que valorizem os resíduos plásticos ao longo de toda a cadeia produtiva, contribuindo com ações a favor da reciclagem, do pós-consumo e do meio ambiente.
Poluição
Os plásticos e microplásticos são responsáveis por grande parte da poluição, inclusive dos oceanos, contaminando a vida marinha e também a terrestre.
Outros estudos indicam ainda que a inalação desses microplásticos — que têm produtos químicos em sua composição —, pode levar à irritação respiratória, inflamação, fibrose e até mesmo câncer de pulmão, devido a vida prolongada do material no organismo. Apenas 20% de todo o plástico produzido no planeta é reciclado. No Brasil, a reutilização não passa de 2%.
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