As tendências refletem as mudanças da sociedade, e no design gráfico isso não seria diferente. O ano de 2020 já está a um passo de nós, e as primeiras tendências para esse novo ciclo já começaram a despontar.
Seguir tendências e se repaginar é importante para que as marcas continuem relevantes para as diferentes gerações. A geração Z está atingindo a maioridade, e já é tão importante no impacto do consumo quanto os Millennials. Portanto, é vital entender os diferentes estilos de vida e necessidades desses grupos para se manter competitivo no mercado.
Formas geométricas
No campo dos logotipos, a geometria já é uma tendência firme há alguns anos, mas desta vez deverão passar para a área da abstração. Um estudo recente de tendências da Wix aponta que as marcas estão investindo mais em imagens que convidam o consumidor a dar uma segunda olhada, e buscar novas referências por trás do conteúdo. Portanto, formas geométricas bidimensionais estão surgindo para brincar com ilusões de ótica e perspectiva.
Esse estilo pode ser usado para representar a primeira letra do nome da marca, por exemplo, ou para criar um logotipo mais abstrato que reflita a personalidade e a mensagem da marca.
Os quadrados também se mantém no topo das paradas, por representarem estabilidade e equilíbrio, aparecendo com mais frequência nas marcas mais conservadoras. Da mesma forma, os modelos arredondados passam uma sensação de unificação, conexão e sensibilidade, e são mais comuns em causas mais humanas, e também se mantêm ativos no design.
Simplificação
Uma análise de tendências da Merehead mostra que marcas já consolidadas devem apostar na simplificação de suas identidades visuais para o próximo ano.
A Uber e a American Express já fizeram isso, deixando seus logos mais leves e chapados, trazendo uma nova ideia sem a necessidade de um rebranding completo.
De acordo com a Wix, o minimalismo, além de transmitir ideias mais limpas e rápidas ao consumidor, passa um sentimento de liberdade, abertura e simplicidade. Portanto, logotipos com informações mínimas e linhas finas deverão aparecer com força no ano que vem.
Logos variáveis
Por que ter apenas um logo? Com a aceleração das mídias digitais, ter apenas uma identidade parece não ser mais suficiente para abraçar as diversidades das marcas, que precisam se adaptar às mais diversas situações.
Enquanto um logotipo pode ficar genial em um outdoor, ou no banner do site oficial da marca, ele pode parecer terrível nas dimensões da Google Store, ou na telinha de um smartwatch.
Para resolver esse problema, as empresas têm apostado em logos flexíveis, com formas mais complexas e reduzidas, mas também estão se permitindo experimentar cores diferentes, que criem melhores contrastes em diferentes plataformas.
Animações
O mundo digital já não é mais estático. Há anos os gifs e vídeos têm dominado as redes sociais, e são favoritos entre as gerações mais jovens. Por que, então, manter os logos estáticos?
A pesquisa da Merehed aponta que os logotipos animados estão associados à diversão e bom humor, e são capazes de desviar o cérebro dos consumidores dos sentimentos de tédio e monotonia.
Além disso, a animação é um elemento extra para transmitir aos usuários a sensação por trás da utilização do produto. É uma opção que mostra, também, que a marca é dinâmica, ágil e conectada com as novas tendências.
O que sai de moda
O estilo anos 80 havia voltado com força nos últimos anos, mas está começando a perder forças e dar espaço a outras ideias. Este é um ciclo natural do design, onde modas antigas voltam a serem populares após décadas de desuso, mas que logo caem no esquecimento novamente – para, décadas depois, serem mais uma vez reacendidas. Em 2020, o vintage deve sair de moda, ao menos no que se trata de logotipos.
A Merehed também aponta que as fontes no estilo bolha também estão se tornando bregas. O que antes passava uma ideia de jovialidade, para as gerações de agora já soam um pouco infantis.
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