O ano de 2020 pode ter sido duro, mas deixou um legado na estratégia de marketing que foi identificado pelo bureau de tendências Think With Google em um dos seus mais recentes relatórios, divulgado com foco na América Latina. O material reuniu as quatro ações consideradas “emergentes” para o setor e o que deve ser tendência neste ano.

Assine a nossa newsletter e fique atualizado sobre as principais notícias da experiência do cliente

O relatório inicia explicando como momentos de incerteza e crise acabam por acelerar transformações de comportamento e impulsionar inovações, auxiliando as tomadas de decisão para dar um refresh nas estratégias de marketing. Tal cenário já pôde ser verificado em diversos movimentos comportamentais analisados nos últimos meses, tais como a maciça adesão ao home office, a fuga das cidades grandes em busca de mais espaço e custo de vida mais baixo em regiões do entorno metropolitano, ou ainda o maior interesse em temas que tratam do bem-estar e da saúde mental.

No campo do marketing, como defende o relatório, isso também aconteceu. A forma de socializar com outras pessoas mudou muito com o distanciamento social e a dependência das telas. Bem como o consumo, que  hoje prevê muito mais interação com as marcas e até mesmo cobranças por posicionamentos por parte delas, a fim de que estejam próximos da realidade das pessoas. Confira as tendências listadas pelo material do Think With Google.

1. Liderança capaz de lidar com transformações

Se tem uma coisa que 2020 ensinou é que será preciso ter flexibilidade para traçar os próximos passos. As demandas podem mudar rapidamente e vão exigir de quem estiver no posto de líder uma ação mais rápida, porém, mais flexível. O cenário também exigem lideranças que “possam projetar roteiros ágeis e corrigi-los em tempo real para atingir seus objetivos”, defende o relatório.

Em tempos nos quais a transformação digital é mandatória, é papel dos novos líderes incentivar também a adoção das mudanças que sejam melhores, sem criar resistências. O trabalho remoto também exige que os gestores e líderes de times sejam mais aptos a lidar com imprevistos e mudanças de rota, já que nem todos estarão atuando no mesmo espaço físico.

2. Valorização do chamado “pensamento criativo”

Essa qualidade aparentemente tão abstrata deve ganhar espaço no planejamento estratégico de quem lida com marketing – mais ainda do que já tinha antes da pandemia. “A criatividade foi outro dos grandes protagonistas de 2020 e se aprofundará em 2021. As empresas mais criativas foram aquelas que conseguiram se adaptar ao complexo cenário global e vislumbrar novas soluções”, explica o relatório.

O ano passado acabou sendo um verdadeiro teste em beta para saber quais mensagens e ações poderiam dar certo em um momento que pedia também um pouco de ousadia. Ainda dentro da área da criatividade, outras capacidades serão valorizadas, como forma de dar um boost no que é “ser criativo”. Entre elas estão as habilidades de empatia, colaboração e experimentação. Quem gere um time de marketing precisa ficar antenado a essa combinação e – caso não tenha profissionais assim em seu entorno, é hora de procurar.

Leia também: Como a pandemia afetou a criatividade no trabalho 

3. A importância do Design Thinking

Para o relatório, o marketing tem no Design Thinking “um aliado para o trabalho em equipe”. Mais uma vez, o material do Think With Google ressalta o quanto é essencial “se colocar no lugar do outro” na hora de propor ações para que elas não sejam meramente superficiais. É um exercício que deve ser feito, seja o outro o seu cliente ou colega de trabalho. Só assim será possível entender o que “as pessoas realmente precisam”, encontrando saídas para problemas ou necessidades (com as tais ideias criativas defendidas no tópico anterior).

Esse insight vale para ações de marca de todos os tamanhos, sejam grandes, médias ou pequenas. Vale lembrar que o conceito de Design Thinking é justamente o de ser um conjunto de ideias capazes de resolver problemas e trazer propostas de soluções. O marketing não deveria mais, em 2021, trabalhar sem considerar essas informações.

4. O boom da “consciência ecológica”

Se no dia 1 do governo de Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, o país voltou para o “Acordo de Paris” sobre o clima, já se tem ideia da relevância deste tema dentro do contexto das ações de 2021, certo? Ainda que a perspectiva ecológica não seja exatamente uma novidade na área de marketing, segundo explica o relatório do Google, a pandemia acelerou os processos de entendimento sobre como vivemos hoje e os impactos que isso tem no planeta Terra.

O consumo, certamente, foi impactado pelo pensamento mais consciente – ainda que uma alteração mais maciça de comportamento em bloco acabe acontecendo em ondas e não tudo de uma vez. Mas de olho nesse movimento, o documento ressalta como as equipes de marketing não podem ficar alheias deste tema em suas estratégias: “Temos visto crescer o número de consumidores que optam por comprar produtos locais e orgânicos, além de contratar serviços ecologicamente corretos, por exemplo. E essas mudanças nos hábitos de consumo tornam-se uma grande oportunidade para marcas que entendem a necessidade de se comprometer e enfrentar estratégias sustentáveis”, ressalta o material.

Se você nunca pensou no tema com mais profundidade, este ano e todos os acontecimentos que ainda devem decorrer da pandemia de Covid-19 são propulsores para incluir a questão ecológica na pauta. Até mesmo bancos e fundos de investimentos estão fazendo isso: por que não a sua marca?

Assine a nossa newsletter e fique atualizado sobre as principais notícias da experiência do cliente