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Metaverso: uma realidade mais perto do que imaginamos

Metaverso: uma realidade mais perto do que imaginamos

Os desafios para tornar o metaverso realidade e experiências bem-sucedidas foram o tema de painel na FEBRABAN TECH

Como mergulhar no metaverso e quais são os horizontes deste novo universo. Muito além de tendência geek, o metaverso já é tratado como um futuro inevitável e uma evolução da forma como consumimos hoje. Várias empresas já estão fazendo experimentações para sair na frente. Como esse futuro se desenhará e quais os principais dilemas já identificados para existir dentro do metaverso foram os principais temas do painel “Imersos no metaverso: novas realidades e novas formas de existir” nesta edição do FEBRABAN TECH, o maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro da América Latina.

Participaram deste painel no FEBRABAN TECH empresas que estão intimamente envolvidas e já fazem experimentações dentro do metaverso. Representando a Meta estava Duda Bastos, George Garrido, pelo Santander Brasil; e Thiago Dias, da Mastercard. A moderação foi de Denise Perotti, Gerente de Conteúdo Digital e Eventos da Febraban.

Com muitos projetos e ideias em desenvolvimento, o primeiro desafio levantado no painel foi a interoperabilidade. Como unificar esses ambientes, físico e digital. Para Garrido, a autenticação pode ser considerada uma das primeiras portas para esse mundo digital. O ponto para empresas e consumidores é alcançar aplicabilidade. Mas o head de IT da F1RST, empresa de Inovação e Resultados do Santander, é otimista.

“Já vejo muitas empresas trabalhando no metaverso, e alguns mundos rodando. Nossos desafios atualmente são de infraestrutura, conectividade e devices”, enumera Garrido.

Bastos complementa: “quando se fala em desafios, estamos falando de tecnologia, segurança, mas também de privacidade e inclusão”.

Leia Mais: Metaverso não é (só) realidade virtual

Desafios na construção do metaverso

Segundo uma pesquisa da Gartner, até 2026, 25% da população mundial passará uma hora por dia no metaverso. Isso é algo que Thiago Dias, VP Fintech & Enablers da Mastercard, já percebe como realidade em alguns nichos. “Muitas crianças já passam horas no metaverso. É um ambiente em que acontecem transações, que já gera muito dinheiro”. Para ele, trabalhar o pagamento pelo blockchain, e no caso da Mastercard a aceitação dos cartões nessas plataformas, com transações de NFT e futuramente em criptomoedas são os principais avanços para massificar o acesso ao metaverso.

“Ainda não existe um framework, as empresas estão fazendo experimentações. Mas levando em consideração que a tecnologia de blockchain e cripto foram as tecnologias adotada mais rapidamente na história da humanidade, acredito que daqui a alguns anos haverá uma aplicação massiva”, avalia Dias.

Duda Bastos, diretora de negócios da Meta, iniciou sua fala com uma pergunta ao público: “Quem já usou filtros no Instagram?”. Isso porque a maior parte deles é em realidade aumentada, uma das tecnologias que a companhia, que tem no seu guarda-chuva Facebook, Whatsapp e Instagram, aposta no metaverso. Segundo Bastos, o metaverso é a próxima internet, se trata de evolução de tecnologias sociais. A imersão é a principal característica dessa interação, em que a aposta da Meta é que o metaverso terá uma tecnologia híbrida entre o real e o online.

Porquê o Facebook virou Meta

Vale lembrar que o reposicionamento de marca do Facebook ano passado, ao anunciar a mudança do nome da companhia ano passado para Meta, com o argumento de se posicionar como uma companhia do metaverso foi o principal responsável pelo termo ter voltado com tanta força à mídia.

Sobre isso, Bastos é clara: “Não é uma empresa que vai construir o metaverso. É uma construção conjunta, e vejo o tempo de uma década para chegar à essa interação online mais imersiva possível”.

Um dos investimentos que a Meta está fazendo para viabilizar essa conexão entre o físico e o digital que consolide essa experiência imersiva é entrar no desenvolvimento de hardwares. E já começou a oferecer alternativas, como o headset de realidade virtualOculus Quest, por enquanto disponível nos Estados Unidos e na Europa.

“Estamos aprendendo com casos de uso, e trabalhando para desenvolver ergonomia, autonomia”, explica Bastos.

Perspectivas de imersão

Uma das principais transformações que o metaverso vai trazer é a mudança do formato de interação com cliente, totalmente digital, com pouco contato humano. Ou com agências físicas, o que interfere diretamente na rotina e no controle do espaço e do tempo do cliente. O metaverso abre um espaço de conexão entre esses dois ambientes. O metaverso não substitui contato físico, mas para os debatedores, vai quebrar barreiras.

O maior poder da construção do metaverso é ser diferente. As apostas são em ambientes personalizados, diversificados, que vão se adequar às necessidades e demandas dos próprios usuários.

Para as empresas, uma das ferramentas em que se apoiar é a inteligência artificial. Na Mastercard, Dias destacou que a IA é feita das experiências, “O objetivo é ser o mais humano possível. E isso não se trata da construção de um avatar, mas de dar o devido acolhimento para uma necessidade do cliente”.

Assim como Bastos, que vê o formato de comunicação 1 para 1 no Whatsapp como uma tendência de como a comunicação entre empresas e clientes se dará no metaverso.

Segurança no metaverso: uma questão presente

A segurança no metaverso é um dos temas mais debatidos quando se levanta a adaptação a esse novo sistema. George Garrido destaca que no Santander a segurança é a prioridade máxima. E para uma adesão completa algumas questões ainda precisam ser resolvidas.

Mas o head de IT fez um comparativo com a implantação do Pix, que segundo ele é o sistema de transferência mais seguro do mundo. E que guarda semelhanças com a forma de realizar transações financeiras no metaverso. Isso porque o Pix é feito diretamente de cliente para cliente, sem a necessidade de intermediários de bandeiras e financeiras para a transação. Assim como as transações feitas no blockchain.

Leia Mais: Segurança e acessibilidade ainda são desafios metaverso

Para entender melhor: como funciona a transação no blockchain

O termo blockchain é cada vez mais considerado como um “protocolo da confiança” por ser um sistema de transações eletrônicas que guarda os registros (chamados de hash) de forma permanente e é à prova de violação. As operações são registradas na forma de cadeias de uma corrente [daí o chain] e distribuídas em computadores, utilizando a descentralização como premissa de segurança. Essa rede valida as transações por meio de consenso. Isso aumenta a confiança na comunicação direta entre duas partes, sem a necessidade de intermédio de terceiros.

Além do investimento em transações através do blockchain, tem havido investimentos em tecnologias de autenticação cada vez mais personalizados que vão muito além da biometria. Um exemplo citado por Garrido é, com a integração dos devices ao corpo humano, a captação de ondas cerebrais como sistema de autenticação.

Conheça o Mundo do CX

Os NFTs também entraram na conversa. Os tokens não fungíveis ainda estão muito associados à experiências de arte, mas Dias, da Mastecard, identifica vários outros potenciais de uso.

“NFT é tema polêmico porque ainda está muito focado no valor do colecionável. Nós temos explorado os NFTs como formas mais simples de certificar uma experiência, fazer uma compra, como se fosse uma compra online com cartão sem precisar de elementos físicos”

Mas para além disso, o valor único, imutável e intransferível no NFT pode ser utilizado como autenticação e registro, por exemplo da compra e venda de um carro, mas em um formato que se assemelha mais ao imediatismo que uma transação com o Pix oferece.

“No curto prazo vamos ter contratos registrados na blockchain, fazer transações, mas mais do que isso, a NFT é uma oportunidade gigantesca de otimizar esses processos sem intermediários”, destaca.

Economia de criadores

Outro dos consensos entre os debatedores do painel da FEBRABAN TECH sobre as novas realidades que o metaverso traz é que o futuro estará na economia de criação, no desenvolvimento de conteúdo.

O que a diretora de negócios Meta avalia é que de uma certa forma essa mudança de paradigma já existe, com a ascensão da influência dos criadores nas redes sociais. Para isso, tanto a Meta quanto outras empresas estão investindo nos criadores de conteúdo.

Apesar de ser uma empresa B2B2C, o braço de serviços da Mastercard tem crescido, e têm trabalhado junto aos seus clientes – as empresas, essas sim que atendem ao consumidor final – para construírem juntos lançamentos omnicanal. A Mastercard fez uma experiência neste sentido dentro do metaverso da Decentraland em junho com o Pride Plaza, um terreno adquirido dentro desse metaverso em que trabalharam com artistas da comunidade LGBTQIA+ em um espaço de inclusão e debate.

“Essa é uma forma de ajudar na jornada de aprendizagem de todos os envolvidos, e experimentar ferramentas dentro do metaverso”, destaca Dias.


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